Empresas querem levar bem-estar financeiro para dentro das organizações
Parceria oferece serviços de educação para que colaboradores aprimorem seu planejamento financeiro
A boa saúde financeira está diretamente ligada ao bem-estar das pessoas. Problemas com finanças afetam não só a vida pessoal, como também o desempenho profissional. Afinal de contas, como ter uma boa performance no trabalho se a mente está longe, pensando nas contas a pagar? Pesquisa conduzida pela Mercer em 2018 já apontava que, nas empresas, 2 em 3 colaboradores estavam inseguros com suas finanças. Com a pandemia, essa situação se agravou, dada a fragilidade da economia e do mercado de trabalho brasileiro.
Em meio a esse cenário, a Mercer, consultoria líder mundial em promover a saúde, o patrimônio e a carreira, juntou-se à SuperRico, fintech que tem como missão democratizar a educação e o planejamento financeiro, para ampliar ainda mais sua atuação em educação financeira e previdenciária e acrescentar novas ferramentas, necessárias para o bem-estar financeiro em escala, de forma continuada e acessível.
“Fizemos uma minuciosa pesquisa no mercado em busca de um parceiro que conseguisse montar uma modalidade completa de serviços que atendessem às demandas pontuais e complexas de todos os tamanhos de empresa. A parceria com a SuperRico possibilitará ampliarmos significativamente nossa oferta de serviços aqui no Brasil, através de abordagens digitais e de metodologias similares às que a Mercer já disponibiliza lá fora”, explica João Morais, líder de Wealthda Mercer Brasil.
Para Carlos Castro, CEO da SuperRico, a parceria possibilita amplificar um dos objetivos da fintech, que é democratizar o acesso à educação financeira, chegando até os indivíduos por meio das corporações. “De acordo com um estudo do Banco Mundial, a cada 100 brasileiros em idade ativa, apenas 11 poupam. E dentro dessa parcela, só 1 (um) consegue economizar o suficiente para ficar independente. Há uma década, esse índice era ainda menor. A tecnologia e a educação continuada podem ser aliadas no bem-estar das finanças. Acreditamos que, com esses recursos à disposição de mais pessoas, a produtividade e a saúde psicológica só têm a se beneficiar”, ressalta.
Os serviços desenvolvidos em conjunto incluem um diagnóstico financeiro completo, baseado em metodologia criada pela SuperRico com planejadores financeiros certificados (CFP), com foco tanto na organização das finanças quanto no planejamento para aposentadoria. Além de atendimentos individuais ou coletivos, os serviços contemplam palestras, workshops, serviços de prevenção e tratamento de problemas financeiros, além de clínicas de educação financeira.
Planejamento para a aposentadoria
O tema da educação financeira vem ganhando cada vez mais destaque e os números mostram que é preciso começar a pensar desde já no bem-estar do bolso. O estudo Saudável, Próspero e Produtivo no Trabalho da Mercer apontou que 75% dos adultos não terão dinheiro suficiente para se aposentar por falta de planejamento. Além disso, de acordo com a pesquisa, apenas 26% dos adultos entrevistados estavam confiantes de que conseguiriam economizar o suficiente para essa fase da vida, enquanto 68% nem tem esperanças de se aposentar completamente – ou seja, sabem que precisarão complementar a renda e não poderão viver somente com o valor do benefício.
“Um agravante para isso é a crise gerada pela pandemia, que cria um ambiente de insegurança em diversos âmbitos, especialmente no financeiro, desencadeando problemas como stress e afetando severamente o relacionamento profissional e familiar, reduzindo o nível de produtividade. Isso traz um novo desafio para as companhias: oferecer apoio não apenas no ambiente de trabalho, e sim para a vida”, pontua Morais.
Segundo o Banco Mundial, apenas 3,64% da população brasileira economiza para a aposentadoria, um dos índices mais baixos do mundo: a média na América Latina é de 10,6%, enquanto outros países emergentes, como México (20,85%), África do Sul (15,93%) e Rússia (14,56%), apresentam números melhores. Além disso, apenas 28% dos brasileiros declaram ter poupado algum dinheiro nos últimos 12 meses, o 14º pior índice do mundo.
O lado bom da notícia é que os colaboradores confiam nos conselhos sobre poupança de seu empregador. Os resultados da pesquisa demonstram que 79% dos entrevistados dão “voto” de credibilidade aos empregadores para conselhos bons e independentes sobre planejamento, poupança e investimento. “Dado esse contexto da pandemia, notamos que houve um aumento de problemas relacionados à saúde mental. De um lado, as empresas estão preocupadas com as entregas, a produtividade e os resultados. Do outro, o colaborador pode se ver de mãos atadas, quando se encontra sob pressão. Ver a empresa como parceira pode ajudar bastante na solução essas questões. Temos uma grande expertise em fornecer serviços com foco em bem-estar financeiro, proporcionando mais estabilidade e segurança emocional”, complementa Castro.