Sete passos para a escolha de um plano de previdência

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Veja o que deve ser priorizado para que objetivos sejam plenamente atingidos

Escolher a modalidade adequada, conhecer seu perfil de investidor e reavaliar periodicamente as metas almejadas são alguns dos passos que devem ser seguidos no processo de contratação de um plano de previdência privada. O forte avanço e a sofisticação da indústria de investimentos deram origem a um imenso leque de produtos para todos os perfis de clientes, desde os mais conservadores até os de maior tolerância a risco. Existem centenas de opções e, em se tratando de longo prazo, todo planejamento financeiro deveria incluir uma previdência privada. Marcelo Rosseti, Superintendente Executivo da Bradesco Vida e Previdência, detalha a seguir sete passos para escolher o plano mais indicado para cada caso.

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  1. Defina seu perfil de Investidor. Assim como qualquer produto financeiro, os planos de previdência contam com diferentes níveis de risco. Os fundos de renda fixa, por exemplo, estão menos expostos à volatilidade e concentram-se em um perfil mais conservador. Já os fundos de ações e multimercados são opções mais arrojadas, mas, em contrapartida, podem apresentar melhores rentabilidades. Vale destacar que a incorporação de uma nova agenda socioeconômica tem conquistado espaço no setor, por meio dos chamados fundos ESG, que investem em empresas comprometidas com boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa.
  2. Escolha sua modalidade de previdência. Existem duas modalidades de previdência privada: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). A diferença entre eles está na incidência do Imposto de Renda (IR). No PGBL, é possível deduzir da base de cálculo do IR as contribuições feitas ao plano em até 12% da renda bruta anual tributável. No VGBL, o imposto incide apenas sobre o rendimento e no momento do resgate, sendo uma opção mais indicada para quem é isento ou faz a declaração de forma simplificada.
  3. Entenda a influência do regime tributário. A escolha do regime tributário ocorre na proposta de adesão ao plano. Há duas opções de tributação: regressiva e progressiva. No regime regressivo, o IR pago no resgate é descontado na fonte, de forma definitiva, e a alíquota diminui à medida que o prazo da aplicação aumenta, podendo chegar a 10% a partir do décimo primeiro ano. Já no progressivo, a alíquota é definida conforme a tabela de IR das Pessoas Físicas, mas não é definitiva, podendo ser compensável, parcial ou integralmente, na ‘Declaração de Ajuste Anual’. No caso de resgate, serão deduzidos, na fonte, 15% de IR a título de antecipação. “Durante a escolha do regime de tributação, é importante definir seu horizonte de investimento, sendo assim, o prazo em que pretende realizar as aplicações para atingir seus objetivos”, aconselha o especialista.
  4. Resgate do plano de previdência. No momento do resgate, o participante tem a opção de receber de forma integral o valor investido, optar por uma remuneração mensal por um período determinado ou uma renda vitalícia – que pode ser utilizada para familiares e dependentes. Vale lembrar que ao escolher uma renda mensal por um período determinado, em caso de falecimento do titular, o saldo pode ser destinado aos beneficiários.
  5. Estabeleça o propósito da constituição da reserva. Os planos de previdência privada podem ser indicados não apenas para fins de aposentadoria, mas também para o planejamento educacional dos filhos e dependentes – seja uma faculdade particular, um MBA ou intercâmbio no exterior -, além de planejamento tributário e sucessório.
  6. Taxa de administração do fundo de previdência. “A indicação é única e simples: não tome sua decisão apenas com base na taxa de administração. Muitas vezes, um fundo mais sofisticado e com gestão ativa tende a apresentar melhor performance na carteira do que outro com taxa inferior, o que resulta em maior ganho para o participante”, revela Rosseti.
  7. Reavalie seus objetivos periodicamente. É recomendável revisar o plano de previdência com alguma frequência, especialmente pela flexibilidade que a carteira proporciona ao participante. Esteja atento se o plano contratado ainda faz sentido para o seu contexto de vida, caso contrário, trace novas rotas para alcançar suas metas de médio e longo prazo. “Esteja aberto à diversidade de fundos previdenciários, para que o plano esteja sempre adequado aos seus objetivos. Na Previdência Privada, através do instituto da portabilidade, o participante pode alterar sua estratégia de investimento a qualquer momento, sem ter que solicitar o resgate de sua reserva, o que evita a incidência de tributação”, finaliza Marcelo Rosseti.

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