Estudo da Robert Half indica profissionais mais confiantes em relação ao mercado de trabalho

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Categoria de profissionais empregados alcança a maior pontuação da série histórica, apesar de ainda não se encontrar no patamar otimista

A 20ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), estudo trimestral da consultoria que monitora o sentimento dos profissionais qualificados com relação ao mercado de trabalho e à economia, marca a celebração de cinco anos do indicador. Nesta edição, o ICRH consolidado aponta continuidade do registro de alta, após já ter registrado crescimento no último trimestre. Ao avaliar o momento presente, dos 100 pontos possíveis, o índice atingiu 36,8, o que representa um avanço de 1,3 ponto na comparação com os 35,5 registrados em março. Em relação à expectativa para a situação futura, o estudo apresentou ligeiro crescimento, de 48,8 para 48,9.

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O ICRH abrange três categorias: profissionais empregados, profissionais desempregados e recrutadores. Em relação ao momento presente, os indicadores melhoraram tanto para os desempregados quanto para os profissionais qualificados permanentes, que obtiveram a maior pontuação da série histórica, mesmo que ainda não tenham alcançado o patamar otimista (acima de 50 pontos). Por outro lado, o grupo de recrutadores, em alta nas últimas edições, se mostrou mais cético e sinalizou piora em seu nível de confiança. Já ao olhar para os próximos seis meses, apenas os desempregados apresentaram alta na expectativa. Empregados e recrutadores recuaram de forma moderada, porém os profissionais que têm participação no preenchimento das vagas ainda se mantêm em um cenário otimista quando avaliam o futuro, com 51,4 pontos.

“Mais uma vez, o indicador da situação atual apresenta o melhor índice desde o início da pandemia. Esse aumento gradual de confiança para o presente também é um forte indicador de retomada, pois demonstra que o mercado não está parado, as ações estão sendo realizadas”, reflete Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul. “Por outro lado, não podemos relevar que anos de eleições colocam muitas empresas em compasso de espera, o que pode interferir no olhar para o futuro. De todo modo, mais do que nunca, é hora de planejar, especialmente quando o assunto é contratação, pois garantir um time talentoso é fundamental para atravessar este momento”, destaca Mantovani.

Momento Junho 2021 Setembro

 2021

Dezembro 

2021

Março 2022 Junho
2022
Situação atual 30,7 34,3 34,1 35,5 36,8
Próximos seis meses 49,7 50,9 48,6 48,8 48,9

Além do índice, a sondagem traz informações sobre a característica, a opinião e o comportamento do mercado de trabalho dos profissionais qualificados. Confira algumas das principais tendências de recrutamento e seleção para os próximos meses:

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Modelo híbrido segue como preferência da maior parte das empresas

Não há dúvidas de que uma das maiores quebras de paradigma dos últimos anos está associada à evolução dos modelos de trabalho flexíveis, acompanhada da consequente ruptura do pensamento que associava produtividade ao trabalho integralmente presencial. A depender de 57% dos recrutadores entrevistados, as empresas para as quais trabalham devem adotar o modelo híbrido de trabalho daqui para a frente. Além deles, 33% indicaram que planejam retornar ao modelo 100% presencial e 10% disseram que permanecerão integralmente em home office.

De acordo com o ICRH, 73% das empresas que optaram pelo modelo híbrido já definiram qual é o planejamento em relação à quantidade de dias no escritório. De forma ainda mais flexível, 27% dos entrevistados afirmaram deixar a escolha a critério dos colaboradores.

Exigência de dias no escritório

  • 3 dias na semana – 29%;
  • 2 dias na semana – 27%;
  • 4 dias na semana – 10%;
  • 1 dia na semana – 7%.

Busca por mão de obra qualificada é desafio cada vez mais latente

Segundo 76% dos recrutadores entrevistados, encontrar profissionais com os requisitos técnicos e comportamentais necessários para o preenchimento das vagas em aberto está difícil ou muito difícil. Na última edição do estudo, essa porcentagem foi de 74%. Ainda na visão de 70% deles, o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 22% acreditam que a busca ficará ainda mais difícil.

Sob outra perspectiva, os desafios de retenção também devem impactar o mercado, visto que 26% das empresas afirmam que a intenção de contratar nos próximos meses será mais alta do que atualmente.

“Esses percentuais devem servir de alerta para as empresas, dado que os níveis de desemprego da população em geral tem caído e, analisando o mercado de profissionais qualificados, eles se mostram ainda menores. Para se ter uma ideia, no segundo trimestre de 2022, a taxa de desemprego para esse grupo ficou em 5,3%, valor muito próximo do que chamamos de pleno emprego”, destaca o diretor-geral da Robert Half.

“Nesse sentido, é importante ter em mente que atrair talentos por muitas vezes significará ativar profissionais que não estão à solta no mercado. Por isso, recomendo atenção redobrada aos processos de recrutamento assim como um olhar minucioso para dentro de casa, para minimizar os riscos de acabar perdendo seus melhores talentos para a concorrência”, finaliza Mantovani.

Metodologia do ICRH

Lançado em agosto de 2017, o Índice de Confiança Robert Half (ICRH) é um indicador de difusão que varia de 0 a 100. Os indicadores de difusão são de base móvel (50 pontos), construídos de forma que os valores acima de 50 pontos indicam agentes do mercado de trabalho de profissionais qualificados confiantes.

A 20ª edição do ICRH é resultado de uma sondagem conduzida pela Robert Half ao longo do mês de maio, com base na percepção de 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas, ou que têm participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados empregados; e profissionais qualificados desempregados (com 25 anos ou mais e formação superior).

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