Com Selic em 2 dígitos, renda fixa é a preferida dos investidores gaúchos

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Levantamento feito pelo Santander Brasil mostra que a renda fixa representa 39% do total da carteira em todo o Brasil, em média, e 42% do Rio Grande do Sul

Assim como ocorre em todo o País, a crescente alta dos juros está motivando os investidores gaúchos a migrar seus investimentos para a renda fixa. De julho de 2021 a março deste ano, a parcela investida nesta modalidade cresceu. O Rio Grande do Sul registrou um avanço de 38,45% para 41,93%. Neste mesmo período a Selic – taxa básica do País- passou de 4,25% para atuais 12,75%. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelo Santander Brasil com clientes em todo Brasil.

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Em todo Brasil, a parcela da renda fixa representa em média 39% da carteira total de investimentos, segundo o estudo. São considerados os investimentos em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e títulos públicos do Tesouro Direto. Estes últimos podem acompanhara taxa básica de juros ou a inflação, títulos que ganham protagonismo entre os do Tesouro.

“Historicamente o gaúcho tem um perfil de investimentos mais moderado, por isso a renda fixa sempre teve um protagonismo aqui no Estado. Agora com os dois dígitos na taxa de juros, isso fica ainda mais evidente e contribui para o aumento da modalidade. O cenário desafiador para investimentos este ano, também deixa mais atraente essa aposta que é de menor risco”, aponta Vitor Hugo Magni D Avila, superintendente executivo da Rede Sul do Santander Brasil.

Vitor Hugo Magni D Avila, superintendente executivo da Rede Sul do Santander Brasil / Divulgação
Vitor Hugo Magni D Avila, superintendente executivo da Rede Sul do Santander Brasil / Divulgação

Outros investimentos

Com a busca por mais segurança, os investidores analisados acabaram apostando também em previdência privada, categoria que aparece como a segunda mais investida no Rio Grande de Sul já que, além de excelente oportunidade de diversificação, também é utilizada como instrumento de planejamento sucessório. De acordo com o levantamento, a parcela neste tipo investimento é de 23,26%, em março.

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Já os fundos de investimento, são o terceiro investimento preferido, com 24,93% no Rio Grande do Sul.

Junto com a renda fixa, os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) também tiveram crescimento entre os investidores do País, do ano passado para este ano. No Brasil, o Rio Grande do Sul foi o quarto Estado que mais investiu em COE, com 2,13%. A captação em todo o Brasil do COE foi destaque, saindo de R$ 184 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 555 milhões, no mesmo período deste ano, o que representa um crescimento extraordinário de mais de 300%.

“Num cenário de tanta incerteza, como o atual, essas estruturas são uma oportunidade para os clientes, já que é possível apostar na alta de um determinado índice com garantia do capital protegido. As mais demandadas têm sido do tipo ganha-ganha, onde o cliente acredita na valorização de um índice (como Ibovespa, S&P500 ou IPCA) e, caso não aconteça, ele ganha um retorno fixo como 10% ao ano, por exemplo”, afirma Luciane Effting, superintendente executiva de Investimentos do Santander Brasil.

Os títulos de crédito privado, como Debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) que também se beneficiam da alta dos juros, avançaram de um ano para outro entre os gaúchos e representaram em março deste ano 1,56%.

O levantamento levou em conta os investidores do Santander em todo o País, sem considerar a caderneta de poupança.

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