Mulheres são mais conservadoras ao investir, aponta Santander

Levantamento com clientes mostra que quase 70% das aplicações feitas por investidoras em janeiro foram em ativos de renda fixa

Com a taxa básica de juros do País, Selic, no patamar de dois dígitos, as mulheres iniciaram o ano um pouco mais conservadoras do que os homens nos investimentos. Levantamento realizado pelo Santander Brasil com clientes investidores (dos segmentos Especial, Van Gogh e Select) mostra que cerca de 70% dos recursos aplicados por mulheres foram destinados à renda fixa, contra 53% dos homens. Esses percentuais levam em consideração as aplicações em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e poupança.

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No quesito planejamento para o futuro, homens e mulheres são bem parecidos, com 13% do dinheiro aplicado em planos de previdência privada. Os fundos seguem logo em seguida como outra opção de investimento preferida por eles (12,8% dos recursos), ante 10,4% por elas. O público masculino se arrisca mais na renda variável, com quase 2,5% dos recursos alocados em ações, ETFs (fundos de índices) e fundos imobiliários. Já o público feminino alocou menos de 1% nessa categoria.

“Tradicionalmente, as mulheres costumam ser mais cautelosas com seus investimentos do que os homens, mas isso não é necessariamente uma regra. Nos momentos de taxa de juros baixa as mulheres aprenderam a importância de diversificar seus investimentos. O que vemos é que, em momentos de instabilidade, a renda fixa acaba sendo o porto seguro dos investidores em geral. Com a Selic em dois dígitos, este movimento é esperado”, afirma, Luciane Effting, superintendente executiva de Investimentos do Santander Brasil.

Diversificação

Mesmo que com uma parcela menor de dinheiro, tanto os homens quanto as mulheres diversificam seu portfólio em outros produtos: quase 2% dos recursos aplicados tanto por um público quanto por outro tem como destino o Certificado de Operações Estruturadas (COE).

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Os ativos de crédito privado, como debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são a escolha de 2% do público masculino e 1% do feminino.

Na divisão por segmentos, as mulheres são maioria no Especial, com 55% contra 45% dos homens. Já entre os clientes Van Gogh e Select, eles predominam com 51% e 49% e 58% e 42%, respectivamente. A pesquisa leva em conta a base de clientes investidores do banco com mais de R$ 10 mil aplicados.

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