Médica da Rede Meu Doutor Novamed alerta para riscos da pressão alta, doença crônica mais comum entre os brasileiros

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O Dia do Combate à Hipertensão Arterial (26/4) tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento

A hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, atinge, aproximadamente, 30 milhões de brasileiros, conforme dados do Ministério da Saúde. O Dia do Combate à Hipertensão Arterial (26 de abril) tem como objetivo alertar sobre os riscos da doença e o tratamento adequado. A Dra. Danielle Cristina Pastura, Médica da Família da Rede Meu Doutor Novamed, unidade Méier, no Rio de Janeiro, destaca possíveis causas e a importância dos hábitos saudáveis para se reduzir as chances de desenvolvimento de quadro hipertensivo.

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De acordo com as últimas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, define-se como hipertenso o paciente com pressão arterial persistentemente maior ou igual a 140 x 90mmHg. Medir a pressão é a única maneira de diagnosticar a hipertensão.

A Dra. Danielle destaca que as causas podem ser genéticas, mas muitos outros aspectos modificáveis têm influência. “Idade, sobrepeso ou obesidade, dietas ricas em sódio e sedentarismo estão entre os fatores de risco”, cita a médica. E acrescenta: “Há, ainda, doenças como o hipertireoidismo e a apneia do sono, que podem causar um tipo de hipertensão que se resolve ao controlar essas condições de base”.

Ela explica que o tratamento inclui a prescrição de remédios e a adoção de novos hábitos. É fundamental iniciar com a mudança de estilo de vida, com redução do consumo de sódio, prática regular de atividades físicas e cessação do tabagismo. Já em relação aos medicamentos, “há várias classes que podem ser administradas, mas que dependem de diversos fatores. Uma avaliação médica dos fatores permitirá ao profissional prescrever o melhor tratamento para cada pessoa”, reforça.

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A cura depende da origem da doença, segundo a Dra Danielle Pastura. “Se houver uma causa como o sobrepeso, o tabagismo ou outras doenças que tenham relação com hipertensão, podemos dizer que há chances de cura. A própria prevenção parte desse estilo de vida: manter o peso ideal e praticar atividades físicas regularmente. Lembrando que o aconselhável é praticar cerca de 150 minutos de exercícios por semana”, diz ela.

Se for uma hipertensão arterial de origem genética e/ou causada pelo envelhecimento, não há cura. “Nesse caso, trata-se de doença crônica, que tem controle, porém, não há cura. O que ocorre, em algumas situações, é que pelo envelhecimento do sistema circulatório, alguns pacientes acabam por não apresentar mais níveis pressóricos tão elevados, mas não estão livres da doença”, reforça Pastura.

Brasil registra aumentos de hipertensos

Um relatório de 2022, do Ministério da Saúde, confirmou que o número de adultos com diagnóstico médico de hipertensão cresceu 3,7 pontos percentuais em 15 anos no Brasil. Os índices saíram de 22,6%, em 2006, para 26,3%, em 2021. O relatório mostra ainda um aumento na prevalência do indicador entre os homens.

Um outro grande estudo, realizado por 40 anos, entre 1975 e 2015 em diversos países, indicou um aumento de 90% no número absoluto de pessoas com hipertensão arterial, principalmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil.

Dia 26 de abril: dia de combate à hipertensão arterial

A data, instituída pela Lei nº 10.439/2002, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da pressão alta.

“Entre os maiores riscos de quem tem a doença, o mais temível é o acidente vascular encefálico (o “derrame cerebral”). Mas outras questões ainda mais frequentes são os danos oftalmológicos, a insuficiência renal, a doença arterial coronária (infartos e anginas) e a insuficiência cardíaca, já que a hipertensão é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares”, alerta a Dra. Danielle Pastura.

Por fazer parte do grupo das Doenças Crônicas não Transmissíveis, a doença está relacionada à meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, que propõe, até 2030, reduzir, em um terço, a mortalidade prematura por doenças desse tipo, por meio de prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar.

Os ODS são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada em setembro de 2015, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.

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