Tarifas dos EUA ameaçam crescimento do México

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País pode até mesmo enfrentar recessão e redução nas exportações

Segundo relatório da Coface, multinacional especialista em análises e seguro de crédito, a nova ordem para imposição de tarifas sobre todas as importações dos Estados Unidos da América provenientes do México, invocada por Donald Trump, presidente dos EUA, ameaça o crescimento mexicano.

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A tarifa de 5% será aplicada a partir de 10 de junho de 2019 até chegar a 25% em 1º de outubro deste ano. Segundo o relatório emitido pela empresa, esse pedido vem em momento inoportuno, uma vez que a atividade econômica do México já desacelerou nos últimos trimestres, prejudicada pelo aumento das incertezas relacionadas à frente política e a ratificação do acordo comercial do USMCA.

O peso mexicano já desvalorizou 2,8%, desde 31 de maio de 2019, e o anúncio das tarifas pegaram o país de surpresa. O anúncio surge 13 dias após Trump alterar as tarifas dos aços canadense e mexicano. O movimento era visto como um passo importante para a ratificação do USMCA, que agora é dado como incerto novamente.

O cenário geral da atividade econômica do México é fraco. A confiança do consumidor permanece alta, mas dos empresários foi em sentido contrário, principalmente no setor de construção. Um projeto de US$ 13 bilhões em aeroportos foi cancelado, e o governo tem planos de aumentar o papel da estatal Pemex, altamente endividada, no setor de energia. Este movimento chamou a atenção das agências de classificação, que alertam para o contágio para o risco do rating soberano.

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O déficit fiscal do País está sob controle, em 1.8% do PIB no mês de março. A meta para 2019 é de 2%. O governo credita o resultado à maior eficiência nas despesas.

Um dos principais riscos é que o México entre em recessão com a implementação dessas tarifas. A previsão é de que o crescimento seja 1% menor do que em 2018. Dos US$ 347 bilhões importados pelos EUA do México no ano passado, 27% foram veículos, 18% maquinaria elétrica, 18% maquinaria, 5% de combustíveis minerais e 4% de instrumentos ópticos e médicos. Esses setores seriam os primeiros afetados, uma vez que os investimentos europeus e asiáticos são menores neste nicho.

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