Agricultura familiar tem até final do mês para pedir ajuda a fundo
O Fundo Socioambiental Conexsus já recebeu mais de 150 propostas de crédito e teve primeiros contratos já assinados
A Linha de Crédito Emergencial do Fundo Socioambiental Conexsus está aberta para receber propostas até 31 de agosto. Ela foi criada para socorrer cooperativas e associações produtivas da agricultura familiar que enfrentam dificuldades por causa da pandemia de coronavírus. Fruto de uma pesquisa que o Instituto Conexsus realizou em abril, logo no início da pandemia, com mais de 130 cooperativas, a iniciativa foi concebida depois de uma pesquisa em que se perguntou quais medidas eram necessárias para cooperativas e associações da agricultura familiar e extrativista enfrentarem os impactos do distanciamento social.
O crédito para capital de giro foi a demanda mais urgente apontada na pesquisa, o que ajudou a definir o funcionamento da Linha de Crédito Emergencial. Lançada no começo de junho, a linha de crédito já recebeu mais de 150 propostas, e os primeiros contratos já começaram a ser liberados. A Linha Emergencial tem três faixas de envio de propostas, com limites de acordo com o tamanho da cooperativa ou associação. Para as organizações com faturamento anual de até R$ 1,2 milhões, o limite de proposta é de R$ 50 mil. Aquelas com faturamento anual entre R$ 1,2 milhões e R$ 3,6 milhões podem solicitar até R$ 120 mil.
A terceira faixa de crédito emergencial tem limite de R$ 200 mil, para cooperativas e associações com faturamento anual acima de R$ 3,6 milhões. O período de carência é de até dois anos, com carência de até 12 meses. A taxa de juros de 6,0% ao ano.
Como funciona
A concessão de crédito da Linha Emergencial acontece em duas etapas. A primeira consiste na elaboração de um projeto de solicitação de crédito através do formulário online disponível no site da Conexsus. Nesse momento, as cooperativas e associações não precisam enviar documentos. Após rápida análise para conferir se os pedidos se encaixam nas regras da linha de crédito, ocorre a segunda etapa, na qual são pedidos documentos como estatuto e contrato social, comprovante do CNPJ e projeção de fluxo de caixa.
A partir daqui, as propostas são avaliadas por um comitê técnico que aprova ou não os pedidos. É possível também que o Fundo aprove parcialmente, condicionando o crédito a pequenos ajustes. Após a assinatura, os empreendimentos passam recebem assessoria administrativo-financeira para adoção de boas práticas de gestão e transparência.