Adaptação: CNseg revisa projeções de 2024 em coletiva de imprensa

Na coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 25, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) revisou estimativas do mercado segurador e a economia brasileira. Dyogo Oliveira, presidente da entidade, destacou um cenário mais otimista do que o projetado no final de 2023. “Estamos revisando nosso crescimento do PIB de 2,5% para 3%, mais dinâmico do que o previsto inicialmente”, afirmou.

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A CNseg também fez atualizações em suas previsões para vários setores da indústria de seguros. Apesar do crescimento geral ser positivo, alguns setores estão lidando com desafios que estão alterando suas previsões. Dentre os seguros, destaca-se o automotivo, que desde dezembro apresentou uma queda de 16% atingindo 2,7%. A redução no ritmo é causada por diversos motivos, como a maior presença de carros elétricos no mercado, que possuem seguros mais econômicos, e a diminuição dos preços dos automóveis em geral. “A combinação de veículos elétricos e a diminuição do preço médio dos seguros contribuíram para essa desaceleração”, explicou.

Por outro lado, segmentos como o seguro patrimonial e grandes riscos apresentam projeções de 14% e 19%, respectivamente. O ramo patrimonial, que abrange desde seguros residenciais até grandes riscos e engenharia, está em alta, impulsionado por uma maior demanda por proteção de bens em tempos de incerteza econômica.

Além disso, a CNseg revisou as estimativas para outros indicadores macroeconômicos que afetam diretamente o setor. A previsão de inflação foi ajustada de 3,8% para 4,1%, enquanto a taxa Selic, que anteriormente era esperada em 9%, foi revisada para 11,75%. Ajustes que são reflexo de uma inflação resistente e de um ciclo de aperto monetário promovido pelo Banco Central. “Esses movimentos impactam o consumo e a disposição de recursos, influenciando tanto o setor segurador quanto a economia em geral”.

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No campo das apólices rurais, a CNseg começou o ano com uma projeção ambiciosa, baseada na expectativa de ampliação da subvenção governamental para o seguro agrícola. Contudo, a execução dos recursos públicos ficou muito abaixo do esperado. Até o mês de agosto, apenas 300 milhões de reais dos 1 bilhão previstos haviam sido utilizados. “A baixa execução da subvenção governamental limitou o crescimento do setor. Tínhamos expectativas de uma expansão expressiva, mas os números indicam um cenário mais conservador para o seguro rural em 2024”, observou o presidente.

Mesmo enfrentando obstáculos em certos setores, outras áreas continuam em expansão. Itens destinados a proteger contra eventualidades, como apólices de vida e empréstimos com garantias, ainda são muito procurados. O seguro de vida terá um aumento de 12% neste ano, ao passo que o prestamista prevê um aumento de 14%. “A pandemia deixou um legado em termos de conscientização sobre a importância dos seguros de risco, e estamos vendo uma demanda crescente por esses produtos, especialmente à medida que a renda disponível aumenta”, acrescentou Oliveira.

O serviço de garantia estendida, presente no setor de eletrodomésticos e no comércio varejista, também mostrou indícios de melhora em 2024, após uma queda devido ao aumento do comércio online. As companhias da indústria foram capazes de adotar táticas eficientes, recuperando uma parte significativa da participação de mercado perdida.

Por fim, a responsabilidade civil, embora abaixo das expectativas iniciais, ainda projeta um crescimento de 7,9% em 2024, um desempenho considerado razoável dado o cenário atual. Esse número reflete algumas dinâmicas específicas, como a adaptação das empresas às novas exigências regulatórias e a procura por proteção jurídica em um ambiente de negócios mais complexo e digitalizado.

As previsões da CNseg mostram que, apesar dos desafios em alguns segmentos, o campo segue em expansão e diversificação. A demanda acompanha da economia e a conscientização dos consumidores sobre a importância da proteção.

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