Aeroporto Salgado Filho: a subestimação dos riscos exige revisão na gestão de seguros

O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), destacou recentemente a importância de uma avaliação dos perigos ao contratar uma salvaguarda. Segundo os cálculos da Fraport, concessionária do aeroporto, a reconstrução terá um custo previsto de aproximadamente R$1 bilhão, porém, a apólice de seguro em vigor só abrange até R$130 milhões. A diferença ressalta a necessidade de analisar os perigos ligados a investimentos em infraestrutura de grande porte.

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Renato Soares, Gerente de gerenciamento de riscos da REP Seguros, enfatiza a relevância de uma análise na contratação da garantia: “uma avaliação correta implica em possíveis reduções de custos no prêmio da apólice, uma vez que os subscritores terão informações mais detalhadas do risco e poderão avaliar as melhores coberturas de seguros.”

Num ambiente cada vez mais imprevisível, a administração de riscos é essencial para o êxito de qualquer organização. A REP Seguros, por exemplo, vai além de apenas fornecer seguros e, através da REP Risk Consulting oferece soluções personalizadas para ajudar empresas a lidar com os desafios da gestão de riscos no Brasil e no exterior. “A situação no Aeroporto Salgado Filho exemplifica os variados e graves riscos de incêndio encontrados em locais aeroportuários complexos, com grande aglomeração de indivíduos e substâncias inflamáveis”, explica. “Entre os maiores riscos estão o armazenamento de combustíveis inflamáveis usados por aeronaves e os produtos químicos utilizados na manutenção das aeronaves. O uso extensivo de aparelhos elétricos também aumenta o perigo de incêndio devido a falhas elétricas e falta de manutenção em sistemas de luz e sinalização. A manutenção com soldagem e corte e o manuseio inadequado de produtos químicos durante o abastecimento de aeronaves são atividades que aumentam o risco de acidentes. A falta de armazenamento seguro de materiais inflamáveis e o uso de equipamentos de cozinha nos terminais, como cozinhas, restaurantes, lojas e quiosques, podem aumentar o risco de incêndio na infraestrutura”, acrescenta o executivo.

O caso do Aeroporto Salgado Filho serve como um exemplo prático das consequências negativas da subestimação dos riscos. Ao investir em uma gestão  robusta e personalizada, empresas e governos podem evitar surpresas desagradáveis e garantir a sustentabilidade de seus investimentos e a segurança de suas operações. “A gestão de riscos em uma empresa envolve a identificação e análise criteriosa de uma ampla gama de potenciais ameaças. Isso inclui riscos operacionais, como interrupções na cadeia de suprimentos, falhas em equipamentos e desastres naturais como incêndios e inundações”, destaca. “Além disso, há riscos financeiros, como flutuações na receita e aumento nos custos operacionais, bem como riscos legais, que abrangem desde processos judiciais até multas regulatórias e questões trabalhistas. Mudanças nas condições de mercado, concorrência e inovação tecnológica representam os riscos de mercado, enquanto os de segurança incluem ameaças como ciberataques, roubos e vandalismo”, finaliza.

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