Banco Central sobe Selic em 0,75%, conforme o mercado esperava

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Confira considerações de Fernanda Consorte, economista chefe do Banco Ourinvest

O Banco Central (BC), conforme previsto, subiu a taxa básica de juros (Selic) para 4,75% ao ano. A expansão de 0,75%, na visão de Fernanda Consorte, economista chefe do Banco Ourinvest, demonstra que o BC adicionou um parágrafo importante sobre a persistência inflacionária, com citação inclusive sobre o cenário hídrico, o que deixa clara sua preocupação, mesmo com considerações à recente apreciação cambial. “Além disso, o trecho sobre ajuste parcial foi retirado, o que também já era esperado pelo mercado. Então, esses dois pontos confirmam a preocupação do BC com a inflação, sinalizando intenção de novos ajustes na Selic, podendo, a nosso ver, aumentar a intensidade, a depender da evolução desse cenário”, acrescenta.

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Fernanda ainda resume as tendências em relação ao câmbio. “Embora o tom do BC tenha sido mais hawkish (manter uma política de austeridade, com taxas de juros mais altas e menor demanda para inflação mais controlada), a decisão do FED deve predominar sobre o comportamento das moedas amanhã, pois o mercado já esperava esse ritmo de ajuste de juros aqui no Brasil. Então a surpresa veio da decisão do Banco Central Americano, com expectativa de alta de juros nos EUA para 2023. Isso deve continuar pesando sobre as moedas emergentes, mais do que a decisão mais dura do BC brasileiro”, finaliza.

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