Capitalização cresce 6% até outubro e apresenta expectativa de crescimento de dois dígitos para 2022

Receitas do segmento totalizaram R$ 20 bilhões entre janeiro e outubro

O mercado de Capitalização registrou receitas que totalizaram R$ 20 bilhões, entre janeiro e outubro deste ano, aumento de 5,9% no acumulado, se comparado a igual período de 2020. Para a Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), já é possível projetar um resultado positivo para o fechamento de 2021, reforçando a perspectiva animadora para 2022.

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Os títulos tradicionais de Capitalização continuam liderando as vendas, com 71% da receita, seguidos pela modalidade de Filantropia Premiável (13%), Instrumento de Garantia (12%), Incentivo (3%). Popular e Compra Programada somam o 1% restante. Destaque para a Filantropia Premiável, aquela em que o comprador cede direito ao resgate de sua reserva para uma instituição de caridade, e ainda concorre a prêmios de sorteios. Esta modalidade apresentou alta de 60% em comparação ao mesmo período do ano passado. Nestes 10 meses de 2021, esses produtos contribuíram com um apoio de mais de R$ 1 bilhão às entidades que realizam ações voltadas ao trabalho social.

Marcelo Farinha, presidente da FenaCap, explica que a Capitalização cumpriu o seu papel como um instrumento de geração de reserva de emergência ao atingir uma receita representativa e ao mesmo tempo injetar mais de R$ 17 bilhões na economia brasileira, oriundos de recursos provenientes de resgates e sorteios – foram cerca de R$ 5,3 milhões a cada dia útil deste ano.

“O nosso objetivo é atingir um crescimento de dois dígitos no próximo ano e voltar aos índices verificados nos anos anteriores à pandemia. Nosso desempenho foi positivo em todas as regiões do país, o que amplia a expectativa por um 2022 ainda melhor”, complementa. Farinha também reforça que o segmento é uma importante contribuição para a disciplina financeira dos brasileiros. “Percebemos que cada vez mais as pessoas utilizam a Capitalização como um aprendizado para acumular recursos para projetos futuros e emergências”.

Por regiões, o Centro-Oeste apresentou maior crescimento (15,3%), seguido do Norte (8,7%), Sudeste (5,6%), Nordeste (4,2%) e Sul (3,1%). As reservas técnicas, que medem a robustez financeira do setor, totalizaram R$ 33,1 bilhões, alta de 2,6%, em relação ao mesmo período de 2020. Mesmo diante de tamanha crise, os resgates se mantiveram estáveis: R$ 16,2 bilhões, alta de 9,1% sobre igual período do ano passado.

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Outro ponto importante verificado foi o aumento nos recursos pagos em sorteios, um relevante incremento e injeção de recursos à economia, cujo montante superou R$ 1,1 bilhão. Isso representa um aumento de 31,2% em relação ao registrado entre janeiro e outubro de 2020.

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