Como fica a gestão de pessoas no segundo ano de pandemia?

Confira artigo de Vera Lorenzo, fundadora e CEO da Fala Company

Já se sabe que o mercado de seguros figura entre os segmentos econômicos que mais rapidamente estão se recuperando diante da crise provocada pela pandemia. Em 2020, segundo dados oficiais da Susep, houve até novembro, crescimento de 3% nos seguros de danos e de 4,5% nos seguros de pessoas (desconsiderando o VGBL).

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No entanto, começamos o ano de 2021 sem previsão de vacinação para toda a população e, com isso, algumas empresas continuam mantendo 100% home office ou aplicando o modelo híbrido: home office e alguns dias por semana o trabalho no escritório.

As empresas de seguro asseguram um futuro mais tranquilo para os segurados. Mas, como ficam os colaboradores dessas empresas? Com o crescimento do mercado, poderíamos pensar em maior investimento em pessoas e projetos que estimulem e ajudem as equipes em momento tão desafiador.

Qual é a estrutura criada para atender colaboradores e corretores de seguros impactados por quase um ano de afastamento social?

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No ano de 2020, a Liberty Seguros foi a primeira colocada do Anuário Valor Carreira, da parceira do Valor Econômico em parceria com a Mercer que premia empresas que se destacaram nas ações de bem estar, desenvolvimento e acolhimento dos funcionários.

No novo ano que se inicia, há a percepção de que já estamos acostumados no novo normal. No entanto, o olhar e o ouvido mais atentos vão perceber que os efeitos e consequências do isolamento social podem aparecer agora: achávamos que o surgimento da vacina nos pouparia do isolamento e como manter a energia para o trabalho se não há previsão alguma de vacinação da grande maioria da população? Como ajudar as equipes a viver na incerteza e na expectativa?

Uma das certezas que adquirimos na pandemia é o quanto a área de Recursos Humanos. É fundamental para a empresa. Antes nem tão valorizados, foram os gestores de RH em todo o mundo que desenharam estratégias, treinamentos, apoio para a população do universo corporativo.

E agora, como ficará a gestão de pessoas no segundo ano de pandemia? É importante pensar a longo prazo no impacto da pandemia: gestão da saúde mental, medo social, ansiedade e fatores de distanciamento.

Segundo Gary Chapman e Paul White, autores do livro “5 languages for appreciation at the workplace” (ainda sem tradução para o português), as chaves de estímulo ao trabalho no dia a dia e à aproximação de equipes, colaboradores e, no caso do mercado de seguros, de corretores, é desenvolver as novas linguagens de empatia baseadas em gratidão, elogio, reconhecimento, entre outras.
O novo combustível das pessoas será o engajamento de gestores e líderes que se importam de verdade com cada um.

Não se trata apenas do RH desenvolver campanhas, contratar psicólogos e dar suporte para os colaboradores: como treinam seus líderes a lidar com as dores da pandemia ainda sem fim? Como estimulam seus colaboradores à produtividade num panorama tão conturbado em que vivemos?

A resposta é simples: pequenos gestos dos líderes realizados diretamente com seus liderados podem causar muito mais impacto do que ações gerais da empresa.

Pequenas ações que geram grandes resultados. Estar atento a cada um da equipe, reservar tempo para perceber e ouvir melhor pode reforçar o engajamento e o interesse pelo trabalho.

Por isso, eu, como coach de Liderança, indico para quem não sabe por onde começar. Que tal perguntar ao seu time, a cada um individualmente – O que posso fazer hoje para tornar o seu dia mais feliz?

São essas felicidades minúsculas do dia a dia que vão fortalecer os laços de pessoas em 2021. Basta saber se a liderança da sua empresa está pronta para essa nova realidade de gestão de pessoas.

*Vera Lorenzo é fundadora e CEO da Fala Company (Great Place to Work em 2020), Master Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching, Executive Coach pela Brendon Burchard Academy, Coach Psico-orgânico pelo Instituto Andaraluz, Storyteller pelo McSill Studio (Inglaterra), Design thinker pelo Designthinkers Group na Holanda.

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