Confiança do consumidor brasileiro se aproxima do campo otimista, diz ACSP

Tendência de recuperação da confiança do consumidor está baseada na melhora das expectativas sobre situação financeira futura e percepção cada vez menos negativa da situação atual

A confiança do consumidor brasileiro está cada vez mais próxima do campo otimista (acima de 100 pontos). De acordo com o Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) e pela PiniOn, em setembro o indicador registrou 94 pontos. Alta de 3,3%, em relação a agosto, e 10,6%, na comparação com o mesmo mês de 2021.

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A análise feita pelos economistas do IEGV é de que o resultado reforça a tendência crescente do indicador observada desde maio do ano passado.

“O aumento da confiança ocorreu em todas as regiões do país, sendo mais pronunciado no Sul e no Nordeste. A exceção foi o Sudeste, onde o INC se manteve estável na margem de erro”, pontua Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da entidade.

Os dados mostram que, na abertura por classes socioeconômicas, houve elevação geral do índice, em especial para as famílias das classes D e E.

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Quando questionadas sobre a situação financeira, a percepção negativa das famílias ainda se mostra elevada. “Foi possível notar uma melhora relativa mais intensa do que ocorreu na leitura anterior, por causa da segurança no emprego”, esclareceu. As expectativas positivas sobre a situação financeira futura das famílias e a evolução do País apresentaram aumento mais intenso do que em agosto.

O Índice Nacional de Confiança apontou melhora, também, na percepção sobre a situação atual e maior otimismo em relação ao futuro. O reflexo disso é a maior proporção de entrevistados dispostos a comprar itens de maior valor, como carro e casa, e também bens duráveis, tais como geladeira e fogão.

“O resultado deste mês reforça a tendência de recuperação da confiança do consumidor, baseada principalmente na melhora das expectativas com relação à sua situação financeira futura, e também pela percepção cada vez menos negativa da situação atual”, afirma Ruiz de Gamboa.

De acordo os economistas da entidade, a recuperação da confiança se explica pelo ritmo de atividade maior do que se esperava, que impulsiona a geração de postos de trabalho, pelas diversas transferências de renda concedidas pelo Governo Federal, dos reajustes dados aos servidores estaduais e municipais e da ampliação da margem de crédito consignado.

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