Demanda por seguros de autos no Brasil cai 22,07% em abril, o primeiro recuo do ano

Queda no interesse também foi registrada individualmente em Estado analisados, mas comparação anual mostra avanço do setor em relação a 2022

Após três meses aquecidos, entre janeiro e março de 2023, o mercado brasileiro de seguros de automóveis apresentou queda pela primeira vez no ano. Em abril, foi registrado um recuo de 22,07% na comparação com março. É o que mostra o Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS). O indicador mede mensalmente o comportamento e o volume das consultas na plataforma da Neurotech, empresa pioneira em soluções de inteligência artificial aplicadas a seguros e crédito.

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Apesar do primeiro resultado negativo de 2023, na comparação anual houve aumento 6,60%, considerando os números de abril do ano passado.

Na análise individual dos Estados que fazem parte do Índice, todos apresentaram queda na comparação com o último mês de março. O ranking ficou assim: São Paulo (-26,45%), Rio de Janeiro (-22,61%), Minas Gerais (-20,21%), Rio Grande do Sul (-17,82%) e Paraná (-14,89%). Na comparação anual entre abril de 2022 e 2023, o único estado que registrou crescimento da demanda foi o Rio Grande do Sul (7,79%).

Apesar da mudança de comportamento em relação aos meses anteriores, Daniel Gusson, head comercial de Seguros da Neurotech, vê o movimento como esperado e mantém a expectativa otimista para o setor durante o restante de 2023. “O bom momento vivido entre janeiro e março elevou o patamar deste mercado, tornando qualquer recuo estatisticamente mais significativo. Vale lembrar que, por conta do aumento dos preços dos veículos novos e usados, o valor das apólices também registrou alta”, explica.

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Ele lembra ainda que a queda do indicador está relacionada à redução das vendas dos novos veículos. Segundo dados da Fenabrave, em abril foram emplacados 118.127 automóveis, um recuo de 19,18% em relação a março, quando o número somou 146.165.

Gusson ressalta que o Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS) é medido através do volume de consultas. Ou seja, o impacto para as seguradoras pode ser até mais brando em relação ao que a queda no interesse revela. “Nem todas as consultas registradas são efetivadas, pois a aceitação da apólice depende de diversas variáveis de risco que vão impactar no seu valor. O INDS serve como direcionamento do momento do mercado para as futuras ações estratégicas das seguradoras”, afirma.

Criado em fevereiro do ano passado, o Índice é baseado em volume de cotações e veio da demanda do setor em ter um indicador confiável que demonstrasse qual o apetite do brasileiro em assegurar o seu veículo.

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