Estudo da Coface aponta os reflexos da guerra nas commodities alimentares
Confronto ameaça pressionar ainda mais vários mercados
Em seu mais recente estudo “Country Risk And Economic Studies”, a Coface, líder global em seguro de crédito comercial e em serviços especializados, aponta os impactos em diferentes setores da economia causados pela evolução do conflito russo-ucraniano e as suas consequências em termos de riscos econômicos e comerciais. Segundo o levantamento, o confronto ameaça pressionar ainda mais vários mercados e revela que:
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- A Rússia é o maior exportador de trigo do mundo (quase 20% do comércio global). Do seu lado, a Ucrânia é um importante produtor de milho (6º maior), trigo (7º), girassóis (1º), e está entre os dez maiores produtores de beterraba, cevada e soja.
- No dia em que a invasão começou, os mercados financeiros em todo o mundo caíram acentuadamente, e os preços das commodities alimentares subiram.
- Embora os altos preços das commodities tenham sido um dos riscos já identificados como potencialmente disruptivos à recuperação da economia global, a escalada do conflito aumenta a probabilidade de que esses mesmos preços permaneçam mais altos por muito mais tempo. Por sua vez, intensifica a ameaça de inflação alta de longa duração, aumentando assim os riscos de estagflação e agitação social em vários países.
O estudo da Coface revela ainda que a economia russa estará em grande dificuldade em 2022, caindo em profunda recessão. A previsão atualizada da Coface do PIB da Rússia para 2022 está em -7,5% após a recuperação experimentada no ano passado.
