Liderança humanitária é ainda mais fundamental nas empresas do setor de seguros

Confira artigo de Stephanie Zalcman, embaixadora da Sou Segura (Associação das Mulheres no Mercado de Seguros)

Há até bem pouco tempo, a chave do sucesso profissional era estudar, se profissionalizar cada vez mais, focando no crescimento individual. A expansão tecnológica, o compartilhamento de ideias, o fácil acesso a conteúdos, mudaram esse cenário. Com a pandemia então, o olhar voltado às pessoas, a conexão mesmo à distância e outros fatores externos aceleraram esse processo.

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O modelo de sucesso hoje são empresas e profissionais aptos a atuar colaborativamente, colocando o individualismo no passado. O colaborativismo e o compartilhamento do conhecimento para o crescimento conjunto andam de mãos dadas com o setor de seguros, que tem o mutualismo como base.

A liderança também mudou, já que as empresas modernas pregam hierarquia horizontalizada, pautada na igualdade e na ajuda mútua para o desenvolvimento do coletivo. Em vez de “chefe”, o termo “líder” é o mais utilizado e adequado dentro das corporações hoje. Alguém que inspira pelo exemplo e mostra o caminho a ser seguido tem muito mais a agregar à equipe.

Depois da Covid-19, a liderança humanitária se fez ainda mais presente no ambiente corporativo. A sensibilidade e a atenção com o outro ganharam força, especialmente no setor que tem intrínsecas essas características. As empresas passaram a valorizar ainda mais a empatia, o desenvolvimento da intuição e da criatividade.

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Tempos atrás agir como um líder humanitário era sinônimo de ser muito bonzinho e permissivo. Também existiu o entendimento de que ser humanitário, de preocupar-se com as pessoas, de ser atencioso com os liderados, era perfil de algumas lideranças, especialmente das mulheres. Hoje ser um líder humanitário é visto como uma habilidade e até uma competência.

Liderar como humanitário significa assumir a responsabilidade pela maneira como conectamos nosso trabalho a um propósito significativo além do crescimento. Ou seja, o líder enxerga as situações e adapta a equipe pensando em qualidade do trabalho e bem-estar, não puramente na lucratividade.

Um líder humanitário apresenta em suas atitudes e no diálogo uma maneira exemplar e efetiva de tratar com o grupo pelo qual é dirigente, os membros são vistos como uma equipe, bem motivados e muito compreendidos pelo líder, para entregarem o melhor. Quando promovemos essa cultura os resultados acontecem e crescem. Para a equipe, o sentimento é de reconhecimento, pertencimento, gratidão e confiança.

A liderança humanitária se mistura com outra tendência, a de diversidade e inclusão, pois a função dos líderes é criar um ambiente no qual todos possam fazer o melhor trabalho de suas carreiras, independentemente de sua raça, etnia, identidade de gênero, idade, religião, habilidade ou orientação sexual. Um líder humanitário e inclusivo entende e eleva os pontos fortes exclusivos da equipe, usa suas plataformas para defender seus funcionários e estimula um ambiente onde todos se sentem capacitados para serem plenamente autênticos.

A combinação de diversidade, inclusão e humanização é o que promove a bem-sucedida igualdade para se aproveitar o que cada um da equipe tem de melhor a oferecer. O líder humanitário ganha ao não precisar mais saber tudo, pois confia no time as habilidades que não possui e isso faz com que todos cresçam e apareçam, dando mais liberdade de expressão a cada um.

O olhar humanitário de um líder é essencial e se torna uma peça fundamental para o crescimento da equipe e para o sucesso diante do mercado de um trabalho extremamente competitivo.

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