Mulheres unem-se em projeto de empoderamento e somam mais de 1 mil trabalhadoras

“Pink sua Venda” tem foco em gerar oportunidades para mulheres que não tem com quem deixar os filhos, são mães solteiras ou estão em recuperação por questões de saúde

O projeto “Pink Sua Venda” envolve mais de 1 mil trabalhadoras em dois anos e meio. O foco de atuação se dá na modalidade home office, marcado por muita vontade e comprometimento. Integram a iniciativa mulheres de 18 a 65 anos que não tenham com quem deixar os filhos, que sejam mães solteiras, tenham pais ou familiares dependentes, filhos com necessidades especiais ou em recuperação por algum problema de saúde.

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“Eu acredito que a única forma de transformar a vida de uma mulher é gerar renda para que elas decidam se continuarão morando com seus pais, que muitas vezes não apoiam um filho de mãe solteira. Ou até com um marido agressor. Mas, infelizmente, a realidade do Brasil é que sem renda a mulher se torna dependente do sistema. Na Pink Sua Venda nossa forte atuação é realizar ligações de agendamento de clientes para concessionárias de veículos, ou seja ligar para a base de clientes ir até a loja ou oficina de manutenção. Com a pandemia, também oferecemos o serviço de monitoramento de agenda para evitarmos aglomerações na loja”, explica a idealizadora da ação, Paula Olaf.

A Pink Sua Venda ainda oferece treinamento e qualificação para as mulheres que integram a iniciativa. Paula reitera, entretanto, que este trabalho vai muito além de ensinar uma tarefa. “Ao longo dos dias e meses, me envolvi na vida particular dessas mulheres, tive de fazer isso para entender como elas vivem e quais são os obstáculos que precisam superar para conseguir trabalhar. Com o tempo as conquistas delas passaram a ser as minhas conquistas também. Eu preciso o tempo todo livrá-las dos conceitos ruins que elas formaram, de que não são capazes de fazer algo, sempre que elas vencem essa ideia, alcançam o sucesso!”, comenta.

Para Paula Olaf, “empoderar uma mulher é dar a ela condições de ser dona da sua própria vida e de suas escolhas”. “Se elas não têm uma fonte de renda, como vão pagar o aluguel e sustentar seus filhos sozinhas?”, acrescenta.

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A iniciativa oferece treinamentos e mentorias sobre vendas, mídias sociais, Linkedin, pacote office, CRM, entre outros. “Temos alguns tutoriais gravados para ajudar as meninas tirarem suas dúvidas durante a execução no início do projeto. Antes de cada novo serviço, a equipe é treinada para todas façam o mesmo processo e assim entreguem a mesma qualidade de uma equipe que trabalha junta fisicamente. Essas mulheres não conseguem recolocação porque não tem com quem deixar os filhos, são aposentadas, têm problemas de saúde ou familiares doentes, e nem todas as empresas aceitam o formato home office, ideal para elas. As mulheres são preparadas antes de serem alocadas em nossos projetos. Nossos treinamentos são online e totalmente gratuitos para mulheres. Fornecemos treinamento de vendas, atendimento de telemarketing, pré-vendas e qualificação de leads e marketing digital”, completa Paula.

Em apenas 2 anos e meio de projeto, a Pink sua Venda conseguiu alguns recordes como 14.500 pesquisas em 3 meses, 9.800 contatos atualizados em 4 semanas, 30.000 ligações de prospecção para concessionárias em 4 dias e 1.000 conexões do LinkedIn por mês, participação de 160 mulheres em uma live sobre vendas e mais de 100 comentários em um post do Linkedin em menos de 2 horas. “O projeto, que alia tecnologia a flexibilidade de trabalho, trouxe muito mais do que dinheiro para essas mulheres, as incluiu novamente como uma parte importante na economia e trouxe a condição para o real empoderamento feminino. Cerca de 20% a 30% das mulheres já conseguem emprego fixo logo após nossos treinamentos e tudo em home office. Elas atuam com monitoramento de mídias sociais, pré-vendas e vendas por telefone para clientes de concessionárias de carros”, explica Paula Olaf.

A fundadora ainda destaca que o programa impactou positivamente mais de 300 famílias e conta com mulheres presentes em mais de 20 Estados do Brasil.

“Quando entrei na Pink eu estava com um filho pequeno e sem perspectiva de trabalho. Me sentia desmotivada e até com quadro de depressão. Minha autoestima estava lá embaixo. Conheci mulheres maravilhosas com histórias parecidas com a minha e me identifiquei com o projeto. Me senti na obrigação de ajudar mais e mais mulheres e hoje sou coordenadora de equipe e do financeiro. Só tenho a agradecer a Paula Olaf por esse impacto na minha vida”, diz Michele Barduco, uma das mulheres que integra essa história de superação.

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