Número de roubos e furtos de veículos em Pernambuco alerta para importância do Seguro Automotivo
Dados recentes da Secretaria de Defesa Social (SDS) revelam um panorama preocupante para os proprietários de veículos em Pernambuco. De janeiro a agosto de 2024, foram registrados 12.621 casos de veículos roubados ou furtados no estado, o que representa uma média de 52 ocorrências diárias – ou um crime a cada 28 minutos. No Recife, os números são alarmantes: 2.461 roubos, caracterizados por ações violentas ou mediante ameaça, e 1.552 furtos, que ocorrem sem contato direto com a vítima.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância do Seguro Automotivo. Leandro Vasco, diretor do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), orienta os motoristas a verificarem as modalidades de seguro disponíveis e a adequarem suas coberturas de acordo com as necessidades e orçamento.
“A modalidade compreensiva é a mais completa, cobrindo colisão, incêndio, roubo e furto. Já a modalidade de roubo e furto é mais restrita, cobrindo apenas esses crimes, enquanto há também opções que excluem roubo e furto, focando em colisão e incêndio”, explica Leandro. Ele também alerta que algumas apólices exclusivas para roubo podem custar até 50% menos que uma cobertura compreensiva, o que pode ser uma opção atraente para quem busca uma solução mais acessível.
No entanto, ele lembra que as seguradoras frequentemente exigem a instalação de um rastreador. “O cliente precisa ficar atento ao prazo de instalação e às condições do equipamento, que geralmente só é ativado após o roubo. Isso significa que o cliente deve informar imediatamente à seguradora quando o crime ocorrer para que a busca pelo veículo seja iniciada”, complementa o diretor do Sindsegnne.
Outro ponto relevante é a possibilidade de personalizar apólices voltadas para roubo, incluindo assistências adicionais, como cobertura para terceiros e para vidros. Além disso, há regras específicas sobre o tempo em que o veículo 0 km é considerado novo pelas seguradoras, o que pode influenciar o valor e as condições da apólice.
Vasco explica ainda que, se o carro roubado ou furtado não for recuperado, o cliente segurado recebe a indenização integral. Porém, existem duas questões importantes a serem analisadas. “Se o carro não foi localizado, o cliente recebe a indenização, mas precisa verificar na sua apólice se deverá pagar a franquia ou não. Outro ponto é: se o carro foi localizado, mas com avarias, algumas seguradoras vão consertar o veículo descontando a franquia, enquanto outras não farão o conserto, a não ser que se trate de uma indenização integral, que ocorre quando o prejuízo atinge 75% ou mais do valor do carro”, afirma.
Cuidado ao escolher o seguro
O diretor do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste, Leandro Vasco, alerta ainda sobre o perigo de contratar “proteção veicular” oferecida por associações que não são seguradoras. Segundo ele, essas cooperativas funcionam com o pagamento de mensalidades fixas, além de cobranças extras, caso os fundos da associação não sejam suficientes para cobrir indenizações. Isso gera falta de previsibilidade nos custos e risco de falência da cooperativa, já que elas não são regulamentadas por lei.
Vasco destaca que muitas pessoas ficam meses sem receber indenização por sinistros nessas associações, que não são supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). “Ao contrário das seguradoras, essas entidades não são obrigadas a manter reservas financeiras ou garantir o pagamento da indenização integral em até 30 dias”, explica.
Leandro também ressalta que, como os clientes são considerados associados e não consumidores, eles não têm os direitos assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor. “O barato pode sair caro”, alerta, recomendando sempre verificar se a empresa é registrada na Susep e consultar um corretor de seguros confiável antes de contratar qualquer serviço.
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