O mais impactante reconhecimento obtido pelo advogado Carlos Josias

Advogado recebeu a medalha de ouro da The World Sherit Hapleita em 1997

O jornal Zero Hora de Porto Alegre (RS) apresentou no Cardeno DOC no mês de junho de 2023 um texto do jornalista Léo Gerchmann relativo aos 20 anos do desfecho do Caso Ellwanger, que foi considerado um marco jurídico na luta contra a discriminação no Brasil. Para quem desconhece ou não relembra o fato, Siegfried Ellwanger foi denunciado por racismo pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Ele fundou a editora Revisão, que publicava livros que distorciam a história do genocídio dos judeus, afirmando que ele não foi real. Suas publicações são consideradas antissemitas e neonazistas. Ellwanger recorreu ao Supremo Tribunal Federal, que manteve a condenação em 2003. Duas frentes tiveram papel de grande importância no caso para que Ellwanger fosse condenado. A Federação Israelita do Rio Grande do Sul e o Movimento de Justiça e Direitos Humanos, que contou a participação especial de Jair Krischke, mas também de Mauro Nadvorny e de um dos advogados mais conhecidos no Direito Securitário, Calos Josias Menna de Oliveira.

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C Josias & Ferrer no JRS

Ao longo de sua trajetória no setor de seguros, Josias construiu uma sólida, longínqua e bem sucedia carreira, obtendo várias premiações. O êxito profissional está diretamente relacionado com dedicação, engajamento e talento. Por onde passou, Josias estabeleceu relacionamentos profissionais e pessoais duradouros que marcaram de forma significativa em sua trajetória. Entretanto, a premiação mais impactante e relevante aconteceu em uma esfera diferente do Direito Securitário.

Em 1997 Josias recebeu a medalha de ouro da The World Sherit Hapleita, com sede em Jerusalém. A entidade mundial dos sobreviventes da 2ª Guerra Mundial reconheceu aos serviços prestados por Josias à causa das vítimas do Holocausto na área jurídica: “essa é uma homenagem profundamente tocante”.

Sua função foi a de atuar defendendo o Movimento Popular Anti-Racista. No começo do trabalho havia certo ceticismo, inclusive por parte de alguns jornalistas de renome. Tudo começou quando no ano de 1989 um cidadão gaúcho escreveu e divulgou em Capão da Canoa (RS) publicações em que o conteúdo negava o holocausto judaico na 2ª Guerra Mundial, afirmando que tratava-se de uma invenção do povo judaico e da humanidade. “As publicações continham conteúdos de incitação ao ódio e ao preconceito, desprezíveis do ponto de vista humanitário”, enfatiza Josias.

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As ações jurídicas impetradas pelo movimento chegaram ao STF e STJ em Brasília e o desfecho foi positivo. “Enfrentamos muitas dificuldades, mas conseguimos a condenação e a expulsão do autor desses livros que negavam o holocausto. Essa experiência me ensinou muito e me fez crescer significativamente como ser humano”, finaliza Josias.

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