Perdas financeiras no RS já totalizam R$ 12,46 bilhões

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Webinar da Aon discutiu desafios do Mercado de Seguros frente às enchentes no Brasil

A Aon promoveu um webinar exclusivo nesta quarta-feira, 17, para discutir sobre as chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul. Sob a mediação de Pablo Pin, Diretor em Gestão de Risco da Aon, o objetivo foi examinar os riscos secundários ligados a essas inundações e compartilhar a visão da organização sobre tais perigos. Segundo Daniela Raynor, Chefe de Modelagem de Catástrofes Aon Resseguros da América Latina, e uma das palestrantes, as linhas de negócios mais afetadas foram os proprietários de casas e a agricultura, representando quase 40% de cada um deles.

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A situação evidencia a falta de cobertura, especialmente no Brasil, onde os donos de residências respondem aparentemente por apenas cerca de 13% das perdas. “O que observamos como fator impulsionador das reivindicações de seguros são, provavelmente, os bens e os veículos, sendo que o motor está provavelmente excluído,” afirma a executiva.

De acordo com o gráfico exibido na conferência, diversas tempestades surgiram a partir de abril, resultando em precipitações de até 800 mm em certas cidades do estado. Os efeitos desses fenômenos são atribuídos ao El Niño, causando um aumento significativo em todo o território nacional. As águas das cheias baixaram em algumas áreas, entretanto os impactos e perturbações continuam presentes.

A empresa desenvolveu uma ferramenta inovadora para facilitar a identificação, análise e visualização de bancos de dados de maneira simples e eficaz. A solução ‘Impact On Demand’ permite que utilizemos as informações fornecidas pelos clientes para realizar o upload na plataforma. “Utilizamos as informações fornecidas para realizar o upload em nossa ferramenta e, em seguida, sobrepomos mapas que identificam as áreas afetadas pelo evento.”

Em seguida Lucas Pimentel, Diretor de Tratado da Aon, tomou a palavra para discutir como essa tragédia influenciou a revisão do marketing de energia. “As linhas de negócios mais afetadas são os veículos e produtos, seguidos pelo mercado e negócios residenciais. Observamos uma variedade de reações no mercado: algumas empresas foram mais proativas em fornecer informações e se comunicar diretamente com seus emitentes, enquanto outras demoram mais para avaliar seus portfólios e compartilhar informações,” destacou. O executivo também comentou que, como regulador brasileiro, diante dos problemas observados no mercado, é crucial que todas as empresas garantam tanto os dados de perda quanto de exposição relacionados ao ataque.

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A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) publicou em 18 de junho que o total de sinistros atingiu R $3,89 mil milhões, totalizando até o momento 12,46 bilhões em perdas financeiras no estado segunda a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Mário Ordaz, um dos fundadores e líder do Departamento Científico da Aon no Brasil, compartilha que a empresa acumula 10 anos de experiência na previsão física, aprimorando um novo sensor que supera o atual. Além disso, o executivo revelou que estão em negociação para o fechamento de um acordo com um provedor de dados de destaque, visando uma colaboração que os capacitará com uma ferramenta mais avançada.

Sergio Gomez, Diretor Geral de Soluções de Resseguros da América Latina da Aon, assume a palavra mencionando sua equipe de análise de dados ao abordar o tema da modelagem de inundações. O executivo destaca que, para criar um modelo de enchentes, os dados são mais essenciais do que para um modelo de terremotos, principalmente no que se refere à localização geográfica. “Pense em um terremoto, e se você tem dois prédios na mesma quadra, você pode dizer provavelmente que estarão sujeitos a uma quantidade semelhante de danos. No entanto, em uma enchente, você pode ter dois prédios na mesma quadra, mas um está mais elevado do que o outro, e isso afetará drasticamente as perdas,” finaliza.

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