Rio Grande do Sul mantém tendência de redução de mortes no trânsito

Redução foi de 3,2% em 2016

Com redução de 3,2% nas mortes no trânsito em 2016, o Rio Grande do Sul avança na meta proposta pela ONU para a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, de diminuir pela metade o número de vítimas até 2020. O Estado não somente manteve a redução histórica de 14% registrada em 2015, como continuou reduzindo. O balanço da acidentalidade 2016 foi apresentado pelo Detran/RS no segundo dia do Seminário de Novos Gestores, promovido pela Famurs em Porto Alegre para os prefeitos recém-empossados.

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O resultado de 2016 apresenta os menores números relacionados à fatalidade no trânsito desde que foi adotada nova metodologia de levantamento estatístico, em 2007. Com a nova metodologia, não são computados somente as vitimas que morrem no local do acidente, mas também as vítimas que vêm a óbito em decorrência do acidente no período de até 30 dias.


Acidentes

O número de acidentes com vítimas fatais em 2016 não caiu na mesma proporção, fechando o ano em -0,8% em relação a 2015, o que significa que houve menos mortes por acidente que em 2015 (menos ocupantes nos veículos ou menor letalidade). Foram 1.519 acidentes com morte em 2016, contra 1.531 no ano anterior. O número de acidentes fatais, que vinha em uma média de 1,8 mil de 2007 até 2014, caiu para 1,5 mil em 2015 e manteve a redução no ano passado.

De modo geral, a distribuição dos acidentes em 2016 ficou bem semelhante a 2015 (veja os gráficos em anexo). Sessenta e dois por cento das ocorrências foram registradas em rodovias. Automóveis representaram 37% dos veículos envolvidos. A maioria das mortes foram resultado de colisões (36%) e, em segundo lugar, de atropelamentos (23%).

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C Josias & Ferrer no JRS

Vítimas

Condutores e passageiros representaram 48% do total de vítimas, seguidos dos motociclistas e caronas de moto (41%). Houve uma pequena redução das mortes entre pedestres e ciclistas (7,3% entre pedestres, 3,3% entre ciclistas). Na distribuição etária, houve um aumento de 4% nos óbitos entre os 30 e 49 anos. As demais faixas sofreram redução. ) De cada cinco mortos, quatro eram homens.

Década

A projeção traçada no início da Década caso nenhuma ação fosse tomada para conter a violência no trânsito era de 3.224 mortes no Estado em 2020. Para diminuir pela metade essa projeção (1.598), seria preciso reduzir as fatalidades em 3,1% ao ano. Nesse ritmo, o numero de mortes previsto para 2016, caso nada fosse feito, era 2.811, e a meta era reduzir pelo menos à metade (1.813). O ano se encerrou com 1.680 mortes no trânsito, uma diferença de 133 vidas em relação à meta.

O diretor administrativo e financeiro da Autarquia, Rodrigo Chies, que apresentou os dados, avaliou: “Embora o único número aceitável de mortes seja zero, termos ultrapassado uma meta traçada pela ONU e considerada ambiciosa pelos países membros, é um indicativo que as ações tomadas estão dando resultado”.

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