Saiba como fugir do desemprego num país em recessão

Autoconhecimento, saber trabalhar em time e cultivar uma boa rede de contatos são algumas das chaves para ter sucesso no mercado de trabalho

No momento em que o país atinge o seu pior índice de desemprego desde 2012 – 12,3 milhões de brasileiros sem trabalho formal (dados do IBGE de janeiro deste ano) – o professor de Administração da Universidade Veiga de Almeida, Alessandro Orofino, analisa as causas do problema e dá dicas de como o profissional pode potencializar suas qualidades para ingressar ou reingressar num mercado de trabalho em crise.

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Orofino esclarece que há dois tipos de desemprego: o estrutural, determinado pelas mudanças trazidas pela tecnologia e pelo mundo digital, e o provocado em função da crise econômica pela qual o país atravessa. No primeiro tipo, para evitar entrar no rol de profissionais alijados da era digital, o profissional deve buscar reciclagem constante, leitura, consulta a tutoriais na internet, entre outras fontes de informação. Além disso, deve procurar rever sua rede de contatos para se atualizar das novas tecnologias/práticas do mercado.

No segundo caso, gerado pela desaceleração da economia, existem algumas saídas para alcançar o trinômio trabalho-renda-empregabilidade. Elas servem tanto para o jovem, que busca seu primeiro trabalho formal e nunca conviveu com uma crise tão dura, quanto para o profissional maduro (30 anos em diante) , que perdeu o emprego e busca recolocação num mercado de poucas alternativas e muita competitividade.

A primeira dica é que o profissional seja empreendedor e busque novas alternativas de trabalho, que podem ir desde a venda de picolé na praia à criação de uma start up em sociedade. Saber trabalhar em time, nesta hora, é fundamental. No entanto, para alcançar sucesso, em qualquer que seja a iniciativa, o empreendedor precisa ter além de coragem e iniciativa, planejamento e estratégia. “A diferença entre uma pessoa que faz bico e outra que almeja o sucesso está justamente em planejar e ter estratégia. Do contrário, ela quebrará. E ela pode buscar ajuda de baixo custo como, por exemplo, procurar empresas júniores como as criadas pela Universidade Veiga de Almeida”, afirma Orofino.

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Outro ponto destacado pelo professor de Administração da UVA é a questão do autoconhecimento. O profissional deve se autoanalisar e identificar no que realmente é bom. “Ao se autoconhecer, a pessoa pode agregar ao currículo profissional mais eficiência e ter mais sucesso na busca pelo emprego. Se ela é tímida, por exemplo, dificilmente será um bom vendedor, mas poderá ter aptidão para funções mais administrativas, que exigem concentração”, exemplifica. Os profissionais maduros têm a vantagem também de já ter criado uma rede de relacionamentos ao longo da carreira. “ Ele precisa tomar café, almoçar, marcar encontros. Se ele se fechar em si mesmo, as chances de se recolocar no mercado de trabalho são nulas”, aconselha.

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