Seguro cresce 7,2% no ano, até setembro

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Apólices de crescimento acentuado ajudam a neutralizar desaceleração de ramo Automóvel

O presidente da CNseg, Marcio Coriolano. (William Anthony/JRS)
O presidente da CNseg, Marcio Coriolano. (William Anthony/JRS)

O mercado de seguros supervisionado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) registrou crescimento de 7,2% em sua receita no período de janeiro a setembro deste ano na comparação ao mesmo período de 2015. De acordo com dados compilados pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), foram mais de R$ 170 bilhões arrecadados no acumulado do ano. “Com este resultado, mantivemos a dinâmica de crescimento vista no segundo trimestre, de 8,7%, sinalizando uma tendência diferente da vista no primeiro trimestre, quando o segmento cresceu 3,6%, desempenho que assustou o mercado que vinha crescendo dois dígitos”, afirmou o presidente da CNseg, Marcio Serôa de Araujo Coriolano, ao chamar ainda a atenção para o equilíbrio que se mantém, devido à estabilidade de ramos como massificados, patrimoniais e seguro de Pessoas.

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Icatu Seguros no JRS

Ainda que a arrecadação do seguro de Automóvel tenha apresentado desaceleração de 2,8% no período de janeiro a setembro, outros ramos de Seguros Gerais têm tido melhor desempenho, como os patrimoniais, que avançaram 1,1%, com destaque para o seguro Habitacional (10,4% até setembro), e o Residencial (obteve incremento de 8,5% no acumulado do ano, em meio ao espaço potencial de expansão, já que ainda é baixo o número de imóveis protegidos).

Os seguros contra Riscos Financeiros, como o Seguro-Garantia e de Responsabilidade Civil, apresentaram alta de 9% e 5,5%, respectivamente, com destaque para o D&O, com evolução de 3%.Além destes, o seguro Rural manteve sua estabilidade e apresentou crescimento nominal de 9,5%, no acumulado do ano até setembro. Já o seguro de Pessoas apresentou 12,5% de crescimento nominal, destacando os planos de cobertura individual com 28,2% acima do mesmo período de 2015, e os planos VGBL, que se mantiveram como grande propulsor do crescimento do mercado supervisionado pela Susep, com uma variação nominal na arrecadação de prêmios de 17,8% no acumulado do ano até setembro.

Diante deste desempenho, Marcio Coriolano reiterou a expectativa para o crescimento do setor em 2016, de 8% a 10% em prêmios emitidos. Ele lembrou que o quarto trimestre tem forte peso no resultado anual do setor, uma vez que as pessoas contratam ou reforçam seus planos de previdência para abater o Imposto de Renda (IR).

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Saúde Suplementar

As provisões técnicas do setor de saúde alcançaram R$ 746 bilhões de janeiro a setembro, montante 19,7% maior em relação ao mesmo intervalo de 2015. O ritmo está bem acima dos prêmios, com crescimento de 7,2% no período, ressaltando um descompasso entre os indicadores. Segundo Coriolano, a diferença das taxas indica uma piora da sinistralidade, mas as seguradoras seguem solventes e conservadoras. As provisões técnicas são os recursos acumulados pelas seguradoras para fazerem frente a eventuais indenizações. “É bem provável que o mercado de seguros feche o ano perto de R$ 1 trilhão em ativos totais caso mantenha a taxa de expansão de cerca de 20% em relação ao montante alcançado em 2015, de R$ 789 bilhões”, afirma o presidente da CNseg.

Projeções

Sobre 2017, o executivo diz que ainda é difícil fazer projeções. É preciso, conforme Coriolano, ter o quarto trimestre materializado. Além disso, pondera, há vários fatores que dependem de um desfecho e que podem influenciar o desempenho do mercado de seguros no próximo ano. Como exemplo, ele cita a ampliação do Seguro-Garantia para obras públicas, a reforma da Previdência Social, a aprovação do Seguro de Vida Universal, que combina coberturas de previdência, e ainda eventos macroeconômicos, como a votação da PEC dos gastos públicos do governo, além da volatilidade gerada com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

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