Seguro preserva patrimônio de agricultores

Frequência de perdas em safras subsequentes pode comprometer a continuidade da atividade agrícola, por isso é fundamental mitigar os riscos climáticos

O clima sempre é elencado como uma preocupação para os agricultores, por isso é importante gerenciar os riscos climáticos. Entre os produtores que despertaram para essa realidade está o engenheiro agrônomo Paulo Vinícius Tamborlim, que viu na prática como o seguro rural é importante para preservar o seu patrimônio.

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Paulo Vinicius Tamborlim produz grãos na região de Atalaia, município paranaense próximo de Maringá (PR). “Temos uma empresa de céu aberto que é muito imprevisível. Nosso maior objetivo é não quebrar e continuar persistente na atividade, sendo sustentável no longo prazo. Então, quando eu calculo o custo de produção, já deixo o seguro embutido”, conta.

O produtor contrata seguro agrícola da Fairfax por meio da cooperativa Sicredi há quatro anos. Na safra de soja 2020/2021, Tamborlim firmou quatro apólices que totalizaram 500 hectares de soja assegurada e iniciou a safra com boas perspectivas. No entanto, os planos foram frustrados.

Entre janeiro e março de 2021, as precipitações excessivas prejudicaram as lavouras de tal maneira que houve sinistro para as quatro apólices contratadas. “Eu nunca vi tanta chuva aqui na região. O solo ficou encharcado e as plantas de soja abortaram as vagens”, conta. Paulo acionou a seguradora Fairfax e já recebeu a indenização da safra de soja, referente a 60% da área cultivada. Nos 40% restantes, a produtividade girou em torno de 54 sacas por hectare.

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Tamborlim retomou o otimismo para focar na safrinha de milho 2020/21 e o cereal foi cultivado em 450 hectares. “Infelizmente, vivenciamos problemas, mas com seca. Tivemos quase 60 dias de estiagem e o milho safrinha foi mais castigado ainda aqui na nossa região”, afirma. Durante a safra de milho, o agricultor se surpreendeu novamente. “Após a estiagem, tivemos três ondas de frio intenso que ocasionaram em geadas nas três vezes. Infelizmente a nossa safra está lastimável”, conta. Segundo Tamborlim, todas as áreas cultivadas com milho registraram sinistro a Fairfax já foi acionada. A seguradora já realizou a primeira visita pericial para verificar os danos e está aguardando a finalização da colheita de milho pelo agricultor para providenciar a indenização.

A ocorrência de um ano tão atípico, com duas safras sequenciais sendo muito prejudicadas pelo clima deixou o produtor ainda mais certo de que o seguro agrícola é indispensável. Apesar das intempéries, Paulo Vinícius Tamborlim conta que, pelo fato de gerenciar os riscos climáticos, pode se sentir confortável para trabalhar no campo. “Eu invisto em sementes de boa qualidade, invisto em adubação, faço os tratos culturais corretos e, se acontecer algum fenômeno da natureza, estamos amparados pelo seguro”, diz.

A cooperativa Sicredi mantém uma parceria com a Fairfax e atua na corretagem de seguros para os cooperados. Segundo Karyn Kristyane Fornazzari, especialista em seguro agrícola do Sicredi União, com atuação em Maringá (PR), esse tipo de parceria colabora para desburocratizar o acesso ao seguro rural no Brasil, além de trazer vantagens para os produtores.

Atualmente, são oferecidas opções de seguros para grãos, máquinas e equipamentos com condições especiais para os cooperados do Sicredi. “Na cooperativa conseguimos operações estruturadas com condições diferenciadas, pensando na realidade dos nossos associados”, diz a especialista.

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