Sharecare elenca cinco passos para controlar custos assistenciais na operadora de saúde
Custos com saúde ficam apenas atrás da folha de pagamento nas finanças das organizações
Não há dúvidas de que os custos assistenciais nas operadoras de saúde têm impacto direto sobre as finanças. Para se ter uma ideia, no contexto das organizações, os custos com saúde ocupam a segunda posição, ficando atrás apenas da folha de pagamento. Esse é um dado que mostra a necessidade de as operadoras se atentarem para a questão dos custos, otimizando a prestação dos serviços junto às empresas.
Diante dessa realidade, gerentes e coordenadores de operadoras de saúde têm a complexa tarefa de encontrar o ponto de equilíbrio entre a oferta adequada de serviços assistenciais para as empresas e os custos envolvidos nessa relação.
No passado, essa era uma tarefa ainda mais desafiadora, visto que dependia muito de processos manuais, análises burocráticas e de um grande esforço. Contudo, na era da tecnologia e dos dados, desenvolver uma gestão dos custos assistenciais se tornou mais simples, como veremos adiante.
Quer entender como é possível controlar os custos assistenciais na operadora de saúde? A Sharecare preparou este conteúdo listando cinco ações que podem contribuir:
1. Use a tecnologia a favor da operadora de saúde
A tecnologia é, sem dúvida, a principal aliada das operadoras de saúde quando o objetivo é manter o controle sobre os custos assistenciais. Hoje, existem diferentes recursos que podem ser empregados não apenas para otimizar a gestão, garantindo mais visibilidade e eficiência sobre os processos, mas também para promover a saúde dentro da empresa de forma efetiva, reduzindo os custos com sinistralidade a partir da prevenção de riscos.
Nesse sentido, por exemplo, a Sharecare destaca o papel estratégico que aplicativos e chatbots têm nesse cenário. Esse tipo de tecnologia pode oferecer um suporte informativo rico e de grande relevância para a os beneficiários da operadora, orientando sobre cuidados médicos e ações preventivas, isso a partir de robustos sistemas de Inteligência Artificial.
Além disso, podem facilitar o contato do usuário com profissionais da saúde, permitindo a resolução de dúvidas e questões mais simples, por exemplo, o que reduz a probabilidade de que uma consulta médica seja marcada apenas para essa finalidade.
No mais, essas ferramentas também garantem o monitoramento ativo da saúde dos beneficiários, gerando dados altamente relevantes, sobretudo quando associados à telemedicina e dispositivos inteligentes, capazes de monitorar o nível de atividade física, a qualidade do sono, entre outros atributos.
2. Invista em medicina preditiva
Uma gestão de custos assistenciais baseada em predição agrega vantagens extremamente importantes para a realidade da operadora de saúde. A medicina preditiva, na prática, possibilita às operadoras e, também, aos gestores de RH, uma visão muito mais estratégica a respeito da forma como o plano de saúde é utilizado por determinadas populações.
Nesse sentido, a coleta e estruturação de dados, por exemplo, permite a realização de um mapeamento dos principais custos assistenciais e dos casos com maior probabilidade de representarem gastos elevados nos 12 meses seguintes.
Na prática, a medicina preditiva estuda os dados históricos para antever situações futuras, já trabalhando de forma preventiva para reduzir os riscos à saúde e a sinistralidade. Todo esse trabalho de avaliação e processamento é desenvolvido por modernos recursos de cruzamento de dados da população, os quais são baseados em complexos algorítimos capazes de identificar pessoas com alto risco de desenvolver problemas de saúde, como câncer, diabetes, hipertensão e outros.
A relevância desse tipo de estratégia se deve principalmente ao fato de que 5% da população de alto risco representa 25% do custo total com saúde. Diante dessa realidade, o uso da modelagem preditiva pode identificar padrões de demandas de saúde, facilitando assim o desenvolvimento de ações conjuntas entre a operadora de saúde e as empresas.
3. Promova o engajamento do paciente
O engajamento do paciente pode ser entendido como o seu efetivo envolvimento com todas as ações que visem a melhoria da sua saúde. Nesse sentido,ele vai desde o compromisso de fazer um check-up médico, até a adesão a práticas de prevenção, como manter hábitos de vida mais saudáveis.
Entretanto, o que se percebe é que muitos pacientes tendem a procurar auxílio médico apenas quando estão com alguma dor ou incômodo. Ou seja, têm o hábito de apenas remediar os problemas, e não de preveni-los.
Nesse sentido, promover o engajamento é investir em ações que efetivamente gerem a consciência da necessidade da própria população se preocupar com sua saúde, aderindo a programas de prevenção de riscos e mudança de hábitos.
O paciente engajado vai fazer toda diferença sobre os custos assistenciais, visto que ele tende a estar mais envolvido com a sua saúde, se cuidando e se prevenindo. Dessa forma, por exemplo, realiza o acompanhamento médico adequado, faz os exames necessários e mantém hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação balanceada e a prática regular de exercício físico.
4. Invista em uma boa gestão de dados
Na era da informação e da tecnologia, os dados desempenham um papel de extrema relevância para o controle de custos assistenciais na operadora de saúde. Hoje, diferentemente do que se via no passado, as operadoras de saúde podem ter acesso a um amplo acervo informativo, coletado a partir das interações das populações empresariais com aplicativos, questionários e outras ferramentas. Esse acervo, na prática, garante a operadora de saúde uma maior predição, isto é, uma maior visibilidade sobre o futuro, sobre os riscos que podem gerar altos custos.
Por essa razão, investir em uma boa gestão de dados é, também, um dos caminhos mais estratégicos para se alcançar uma gestão eficiente dos custos assistenciais. Para se ter uma ideia, quando as operadoras têm visibilidade sobre dados de sinistralidade, perfil da população da empresa, solicitações mais recorrentes ao plano de saúde, por exemplo, é possível estabelecer uma relação mais estratégica entre a operadora, as empresas e os beneficiários dos serviços, de modo que a prestação pode ser mais orientada, racionalizada e condizente com os custos.
Aqui, vale destacar a importância de se contar com o auxílio de uma empresa de gestão de saúde populacional, que ofereça acesso a dados de forma estratégica, a partir de soluções robustas e integradas à rotina da empresa.
5. Alinhe os objetivos junto às equipes
Por fim, não há como falar sobre redução de custos assistenciais na operadora de saúde sem que esse objetivo esteja devidamente alinhado com as suas equipes. Ou seja, além de medidas estratégicas, investimentos em tecnologia e uso inteligente dos dados, é preciso focar também na melhora da comunicação
Nesse contexto, destacamos a importância dos gerentes das operadoras estabelecerem objetivos claros para as equipes, apresentando dados, indicadores e referenciais que mostrem onde, como e quando a operadora precisa otimizar sua prestação para que seja possível controlar melhor os custos.
No mais, é papel do gerente também introduzir uma cultura data-driven na operadora, mostrando como os dados, a tecnologia e a predição podem minimizar os custos, o tempo de trabalho e otimizar os seus resultados.
Por fim, em razão do alto impacto que os custos assistenciais podem representar sobre o orçamento não só das empresas, mas também da operadora do plano assistencial, racionalizar o uso dos benefícios e investir em ações voltadas à prevenção de riscos, como vimos, são questões decisivas para se equilibrar melhor os custos assistenciais.
Para tanto, a tecnologia se mostra como uma grande aliada das operadoras de saúde, sobretudo no que se refere ao uso estratégico dos dados, ao permitir que se compreenda melhor a dinâmica de uso do plano de saúde, mapeie as principais demandas e as fragilidades e identifiquem oportunidades para promover a saúde de maneira efetiva, mas também econômica.