Consultoria é fundamental para contratação de seguros, mesmo com chegada do Open Insurance

Sistema Aberto de Seguros contará com três fases de implementação; Fase 1 começou em dezembro do ano passado

O Brasil é o primeiro país do mundo a regulamentar o Open Insurance, mas – ainda assim -, o mercado carece de muitas discussões sobre a implementação do modelo que será utilizado pelo Sistema Aberto de Seguros, conforme destacou o JRS em reportagem publicada no mês de setembro de 2021.

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De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep) são previstas três fases de implementação do projeto. A primeira, iniciada em dezembro do ano passado, engloba canais de atendimento e produtos disponíveis. Já a segunda etapa, voltada ao compartilhamento de dados pessoais, deve começar em setembro de 2022. Nesta fase serão realizados o cadastro de clientes e participantes, além das movimentações dos clientes relacionados a produtos e registros de dispositivos eletrônicos. Por fim, a última etapa deve começar em dezembro de 2022, e trata da efetivação dos serviços com questões como acesso, modificações, resgate ou portabilidade, além do aviso de sinistro e outros.

Veja também: Open Insurance traz desafios e oportunidades para o mercado brasileiro de seguros.

Segundo a entidade de supervisão do mercado segurador, o processo de finalização das fases 2 e 3 da implementação do Sistema Aberto de Seguros (Open Insurance) deve ser concluído até 15 de junho de 2023, compatível com o prazo de implantação do Sistema de Registro de Operações (SRO), tendo em vista a sinergia entre os dois projetos.

Luiz Villar é Diretor da rede Touareg Seguros / Divulgação
Luiz Villar é Diretor da rede Touareg Seguros / Divulgação

Na visão de Luiz Villar, Diretor da Touareg Seguros que há mais de 20 anos atua na área, a consultoria de seguros vai bem além do apontamento do valor da cobertura para o segurado. É preciso atenção de um profissional devidamente capacitado, para evitar casos como o casal de brasileiros que teve um prejuízo de R$ 20 mil por falta de cobertura para a extensão de estadia nas Maldivas em decorrência do diagnóstico de Covid-19. O caso foi noticiado pelo JRS na última segunda-feira (10). “A contratação de um seguro sozinho é complicada pois, assim como não temos o ensino de educação financeira na escola, também não temos sobre seguros. Isso é algo normal em países com desenvolvimento econômico constante”, pondera.

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“Acredito que este modelo de Open Insurance não é o melhor modelo, pois o mercado já é open. Apesar disto, é pouco provável que os corretores percam os seus postos, pois os produtos de seguro precisam ser explicados por um especialista por conter informações complexas com termos específicos para cada serviço”, afirma Luiz Villar.

O especialista explica que é importante investir em tecnologia, mas sem deixar de investir em consultoria. “Por meio desta plataforma pode haver clientes que não sejam bem informados pelos serviços vendidos pela internet, sem uma consultoria especializada”, explica.

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