Ampliação do corte das alíquotas de IPI para 35% é muito positiva, avalia CNI

Decisão reduz pressão inflacionária sobre os setores produtivos e aumenta atratividade para investimentos; Tributação sobre a indústria é praticamente o dobro da média da economia

A ampliação da redução nas alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para 35% é muito positiva para a economia brasileira. “A desoneração se contrapõe às pressões inflacionárias que a indústria vem sofrendo e beneficia consumidores e todos os setores produtivos, além de aumentar a atratividade de investimentos na indústria brasileira”, afirma o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

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Robson de Andrade lembra que a carga tributária da indústria de transformação é de 46,2% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a média da economia está em 25,2%. Diante disso, com a redução do IPI, o peso dos impostos no setor, que é o mais tributado da economia, será menor. Também devem ser beneficiados o comércio, que revende os produtos industriais, e os demais segmentos do setor de serviços e a agropecuária que usam produtos da indústria nos seus processos produtivos.

“Aumentar a atratividade dos investimentos no setor industrial é muito importante para a elevação do ritmo de crescimento da economia brasileira. É sempre importante lembrar que a indústria de transformação tem o potencial de estimular o crescimento da economia. Cada R$ 1 produzido na indústria resulta em mais R$ 2,67 no PIB”, explica o presidente da CNI.

O IPI é um tributo incidente apenas sobre o setor industrial, que é o único setor da economia a ter um tributo incidente apenas sobre ele. Trata-se de uma situação diferente do ISS, que incide sobre o setor de serviços, mas que tem como contraparte o ICMS, que incide sobre o setor industrial, o comércio e alguns serviços, como telecomunicações e transporte.

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