Análise semanal da MAPFRE avalia que fundamentos estão sob análise no setor externo

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Divulgação de diferentes indicadores econômicos no Brasil e no exterior chamam a atenção do período

A semana conta com a divulgação de diferentes indicadores econômicos no Brasil e no exterior. No front externo, a semana conta com a divulgação do PIB da Zona do Euro, bem como com a inflação ao consumidor, nos dias 14 e 15 de fevereiro, respectivamente. Ambas as divulgações terão importante impacto nas taxas de juros e de câmbio. No front interno, por sua vez, a agenda da semana contempla a divulgação da nota do setor externo brasileiro no próximo dia 17 de fevereiro. Sem dúvida, esta demonstrará que o fundamento externo segue sendo o ponto forte da economia brasileira e há pelo menos dois fatores que ajudam a corroborar essa afirmação.

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Em primeiro lugar, a economia brasileira segue com nível de reservas internacionais superior a US$ 360 bilhões. Trata-se de volume equivalente a quase 30 meses de importações. Economias emergentes possuem nível de reservas equivalente a sete meses de importação, em média. Em uma amostra das 68 maiores economias do mundo, a brasileira é a que possui maior nível de reservas frente às suas respectivas importações, o que corresponde a um indicador de baixa vulnerabilidade externa.

Em segundo lugar, a economia brasileira segue sendo destino de Investimentos Diretos Estrangeiros, o IDE. Segundo estatísticas do Banco Central, o país recebeu US$ 78,9 bilhões em 2016, desde US$ 74,5 bilhões no ano de 2015. Ou seja, houve um aumento de 5,9% dos ingressos de IDE no ano passado, justamente em um momento de retração da economia brasileira. Estes contemplam participação crescente de investimentos nos setores de extrativismo mineral e da indústria de veículos automotores. Sem dúvida, uma boa notícia não apenas do ponto de vista da aposta do crescimento do país, como também da fortaleza do balanço de pagamentos.

Isso não significa que a fortaleza do setor externo seja uma unanimidade entre analistas. Pelo contrário. Pode-se argumentar que o volume de reservas internacionais constitui um seguro com custo fiscal demasiado, de 2,4% do PIB. De fato, o volume de reservas internacionais é superior ao sugerido em estudos do FMI. Em relação aos ingressos de IDE, se desconsiderarmos as repatriações de recursos de filiais de empresas brasileiras no exterior para suas matrizes no Brasil e os reinvestimentos de lucros, os ingressos de IDE teriam recuado no ano passado. Além disso, pode-se argumentar o nível contido de déficit em transações correntes resulta mais de redução de importações do que de aumento de exportações. A MAPFRE Investimentos seguirá atenta às oportunidades e riscos desse cenário.

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Gestão

A semana passada foi novamente positiva para o Ibovespa, que encerrou o período com valorização de 1,80%. Nos EUA, o presidente Donald Trump afirmou que anunciará nas próximas semanas medidas fiscais de estímulos a economia, fato que impulsionou os mercados. Além disso, dados econômicos divulgados na China também contribuíram para o clima de otimismo. O dólar encerrou a semana com queda de 0,28%, cotado a 3,115.

Os destaques positivos no mercado de ações foram Braskem, influenciada pela possível revisão do preço da nafta e a Vale, respondendo a alta do preço dos metais no mercado internacional. As ações registraram alta de 10,09% e 7,65% respectivamente. Os destaques negativos foram as ações da Estácio e Fibria, que apresentaram quedas de 6,07% e 5,14%, respectivamente.

O mercado de juros continuou o movimento de queda das taxas futuras, em especial após a divulgação do IPCA de janeiro, com números abaixo do esperado. Os destaques da semana foram: Janeiro de 2018 com queda de 15,5 pontos; Janeiro de 2019 com queda de 15 pontos; Janeiro de 2023 em queda de 21 pontos e Janeiro de 2025 com queda de 26 pontos.

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