Inflação segue contida em abril

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Alta deve ser de 0,24%

A inflação ao consumidor tem permanecido baixa nos últimos meses e a projeção de inflação de abril também é modesta, de acordo com a análise semanal da MAPFRE Investimentos. O mês vigente traz algumas novidades quanto à evolução dos componentes de inflação. A projeção da gestora para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril é muito próxima da que foi observada no mês de março, porém por motivos diferentes, como será apresentado abaixo.

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Reprodução

Nos meses de janeiro e fevereiro o comportamento dos preços de alimentação apresentou pressões negativas de inflação. A justificativa para essa movimentação foi a ótima safra agrícola de 2017 até o momento. Porém, a expectativa para os meses de abril e maio é de que os preços dos alimentos aumentem por conta da sazonalidade da categoria. De fato, as últimas leituras semanais já incorporam maior inflação de alimentação para o mês de abril.

A tarifa de energia elétrica ficará menor no mês por conta da compensação causada pelas cobranças indevidas de Angra 3. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informou que haverá desconto nas contas dos consumidores em abril. Este desconto causa um efeito de queda na inflação do mês, mesmo com a alteração da bandeira tarifária para vermelha.

A Petrobras anunciou no fim de março que os preços da gasolina e do diesel não tiveram alterações por conta da nova política da empresa de alinhamento dos preços internos de combustíveis aos preços internacionais. A decisão ocorreu porque, ao longo de março, o diferencial de preços não foi grande, com exceção dos últimos dias do mês fechado. Em abril, no entanto, a aplicação da política de alinhamento aponta para um expressivo aumento do preço da gasolina, que pode ocorrer em abril ou em maio. De fato, o diferencial de preços nacionais encontra-se abaixo do nível estabelecido como ideal.

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Em resumo, a inflação de abril apresenta pressões em diferentes sentidos, com aumento de preços de alimentos, queda no preço de energia elétrica e possibilidade de aumento de preço da gasolina. Diante dessa combinação de pressões, a projeção da MAPFRE Investimentos para a inflação de abril aponta para alta de preços de 0,24%.

Gestão

A semana mais curta, devido ao feriado de Páscoa, foi de realização para o Ibovespa, refletindo a divulgação da delação premiada da Odebrecht e os possíveis impactos nas reformas que tramitam no congresso. Além disso, o aumento da tensão geopolítica entre Estados Unidos, Rússia e Coréia do Norte gerou aversão a risco e refletiu no desempenho das principais bolsas internacionais no período. O Ibovespa apresentou queda de 2,74% aos 62.826 pontos. No mercado de câmbio, o Dólar se desvalorizou frente ao Real e encerrou a semana com leve queda de 0,11%, cotado a R$ 3,1269.

Os destaques positivos da bolsa ficaram por conta das ações do setor de frigoríficos, que se recuperaram após as perdas recentes decorrentes da “Operação Carne Fraca”. Já na ponta negativa, o destaque negativo vai para o setor de siderurgia. A maior queda ficou por conta da CSN, com desvalorização de 15,33%, devido ao aumento da aversão ao risco por parte dos investidores.

No mercado de juros, os vencimentos mais longos continuaram o movimento de alta por conta da piora fiscal e incerteza de aprovação da reforma da previdência. Já os vencimentos mais curtos repercutiram a queda de 100 pontos da taxa SELIC na reunião do COPOM.

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