Miguel Junqueira Pereira: um cavalheiro na estrada

Confira artigo de Carlos Josias Menna de Oliveira, sócio do C.Josias & Ferrer Advogados Associados

Se nestes 50 anos no ramo Jane Manssur foi uma Dama no meu caminho não tenho dúvida de que houve também um Cavalheiro.

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Miguel Junqueira Pereira, antes de qualquer coisa que se possa falar sobre ele é obrigatório que se diga que se tratava, literalmente, de um “gentleman”.

Quem já ouviu falar de um cavalheiro entende perfeitamente ao que me refiro, e quem o conheceu não terá nenhuma dificuldade de desenhar sua personalidade.

Sobravam-lhe educação e cultura.

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Destaco duas circunstâncias, entre tantas, que lhe tornaram célebre.

A primeira, a capacidade de recepcionar e dirigir a recepção. Dois episódios em que tais características ficaram muito bem marcadas na história dele.

Quando recordei, em outras postagens, textos ou artigos elaborados sobre estes meus 50 anos de setor de seguros deixei para esta oportunidade mencionar que o grande Anfitrião de eventos, como os Congressos na Serra Gaúcha que reuniram a Magistratura e operadores do seguro no Brasil (com papel fundamental de Jane Manssur), foi justamente Miguel Junqueira Pereira.

Não poderia ser outro.

Mas não só pelo fato de ter sido o idealizador ou por ser ele na ocasião o Presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul, mas especialmente por seu conhecimento e postura.

Dono de uma educação modelo e dotado de ética irrepreensível, a figura do sempre denominado Presidente se constituía num pavilhão do Rio Grande – não haveria ninguém tão próximo de suas virtudes que pudesse nos representar com tanta distinção.

À porta do Espetáculo, que colocou a Serra Gaúcha como Capital dos Seguros no Brasil – a propósito, nunca senti o Rio Grande do Sul tão gigante neste setor, e não recordo de outra ocasião em que se pudesse afirmar que ‘ficamos capital securitária’, Junqueira recebeu todos os convidados e beijou as mãos de todas as damas – uma a uma, hábito que fazia parte indispensável da sua forma de ser.

Provido de uma oratória invejável – eu confesso que não conheci outro que discorresse sobre qualquer assunto com superioridade à capacidade literária e desenvoltura empolgante dele – ele abriu a cerimônia da primeira noite de forma soberba. Que não o conhecia tomou ciência de imediato com quem estava lidando.

De ambos os Congressos, Junqueira foi a grande e majestosa figura.

Ao findar do segundo dava para dizer: estamos no mapa.

Também destaco sua impressionante liderança política. Esta, sinceramente, não conheci igual. Viajei anos sem parar por todo o país, desde o primeiro ano no setor, como securitário, e no exercício da advocacia – e nesta são 38 anos.

Não houve um lugar que eu não fosse que identificado com o Sul alguém não perguntasse pelo Presidente Junqueira.

Em 2011, quando aportei na Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) como Acadêmico, antes de me cumprimentar o Presidente da Entidade, na ocasião, Mauro Batista indagou-me: “Como estaria lá no Sul o Presidente Junqueira”.

Sim, nestes 50 anos de Estrada houve também um Cavalheiro. Miguel Junqueira.

Saudações,
Carlos Josias Menna de Oliveira

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