Moradia popular abre oportunidades para seguro garantia
Sombrero Seguros lança pacote que envolve as três garantias exigidas no programa Minha Casa Minha Vida
O retorno do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) permite vislumbrar boas oportunidades na área do seguro garantia. A construção das unidades habitacionais prevê a contratação de seguro para o término da obra. Trata-se de uma garantia que a instituição financeira, neste caso a Caixa Econômica Federal, exige da construtora para poder liberar o recurso do programa.
Esta modalidade de seguro é conhecida como Seguro Garantia de Término de Obra (SGTO) ou Executante de Término de Obra (ECTO) e tem a finalidade de garantir o término ou a retomada de uma obra para que o empreendimento seja entregue. Segundo o Head Comercial da Sombrero Seguros, Alexandre Martucci, a companhia identificou nesse nicho uma oportunidade e criou um pacote que contempla as exigências do MCMV.
“Começamos com esse produto em outubro de 2022. Quando cheguei na Sombrero, observei que se tratava de um nicho interessante, pois não havia tantas seguradoras operando nessas linhas e as taxas mostraram-se atrativas”, afirma Martucci.
O produto inclui três tipos de garantia: execução de término de obra, manutenção corretiva e de infraestrutura. O Seguro Garantia Término de Obras garante a conclusão do empreendimento. No caso de um sinistro, a indenização se dá por meio da substituição da construtora responsável. O Seguro Garantia Pós Entrega ou Manutenção Corretiva tem por objetivo garantir o reparo pela construtora de danos relativos à má condução da obra, como defeitos e falhas em materiais e acabamentos. A terceira cobertura refere-se à infraestrutura externa ao empreendimento, como acesso às redes de esgoto e água, energia elétrica, telefonia, pavimentação, etc.
Habitação
O programa Minha Casa Minha Vida foi relançado em fevereiro deste ano por meio de medida provisória (MP 1162/23) e ainda está tramitando no Congresso Nacional. Uma das metas anunciadas pelo governo federal é financiar dois milhões de moradias até 2026. Para 2023 o Ministério das Cidades prevê a retomada de 37,5 mil unidades habitacionais que estavam paradas. Também devem ser realizadas obras em cerca de 32 mil unidades que hoje estão paralisadas por conta de ocupações irregulares ou problemas de infraestrutura.
“Hoje é possível ver um movimento acontecendo. As obras paralisadas estão sendo retomadas e, além do Minha Casa Minha Vida, existem outros programas habitacionais estaduais e municipais que também estão aquecidos, como ocorre no estado de São Paulo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e com a Cohab, na capital”, observa Martucci.
Vale lembrar que durante as duas primeiras fases do MCMV, entre 2009 e 2014, foram entregues 4,9 milhões de imóveis financiados pelo programa.