Seguradoras ampliam cuidado com dispositivos de segurança

Mercado investiu pesado no processo de digitalização de seus canais de vendas e de comunicação com os clientes

As seguradoras estão redobrando a adoção de dispositivos de segurança cibernética. O mercado investiu pesado nos últimos dois anos no processo de digitalização de seus canais de vendas e de comunicação com os clientes e corretores, sendo que hoje quase a totalidade das transações pode ser realizada on-line. Agora o desafio é fazer tudo isso funcionar com eficiência e sem vazamento de informações com seus funcionários trabalhando remotamente.

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Icatu Seguros no JRS

Para assegurar maior privacidade a clientes, corretores e colaboradores, as seguradoras estão intensificando o uso de ferramentas e dispositivos de monitoramento e segurança nas plataformas de vendas, de serviços e nos computadores dos colaboradores.

“Isso para proteger os dados, tanto dos sinistros, quanto os dados pessoais de clientes e de funcionários. É necessário preocupar-se com a governança de dados e com a criptografia”, orienta Leonardo Dias, co-fundador da Semantix, empresa fornecedora de tecnologia e dispositivos para o setor financeiro, que faturou mais de R$ 100 milhões em 2019 e prevê crescer acima de 50% este ano devido a procura aquecida por novas ferramentas de proteção.

Para a Sompo Seguros, que está com seus 2 mil colaboradores trabalhando em casa desde 23 de março, a questão da segurança digital não foi um problema pois investiu R$ 280 milhões nos últimos dois anos na mudança do portal, nos aplicativos para celular e na digitalização do sistema, e também em dispositivos de firewall, antispam, antivírus, DLP (proteção a dados).

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“Claro que colocar todo mundo de uma vez no home office foi um desafio. Fizemos isso em uma semana, e, para a nossa surpresa, a produtividade até aumentou”, diz Guilherme Muniz, diretor de tecnologia da informação e inovação da Sompo.

As principais tentativas de fraude contra empresas de seguros são roubo de dados dos clientes, além de simulação de sinistro pelo cyber – em que um beneficiário tenta receber em nome de outra pessoa – e a lavagem de dinheiro, em que o fraudador faz uma proposta de seguro em seu nome e depois cancela para receber o dinheiro de volta.

A Zurich, que por questões de segurança mantém plataformas distintas de comunicação com os clientes, os corretores e o público em geral, vinha há um ano e meio preparando a empresa para o trabalho remoto.

“Todos estão em home office com os computadores e celulares da empresa e só podem usá-los para finalidade corporativa, por questão de segurança, pois a troca de dados é toda criptografada e loga o funcionário ao sistema da Zurich”, diz Washington da Silva, diretor de legal & compliance da seguradora.

Na corretora Marsh, com a migração para o ambiente de trabalho 100% em casa, houve investimentos em VPN (virtual private network), para elevar a segurança no tráfego de dados, e em ferramentas de teleconferências.

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