Vendas no varejo caem 6,1% em dezembro de 2020 e fecham o ano com alta de 1,2%

Todas as atividades do setor apresentam queda na passagem de novembro a dezembro do último ano segundo pesquisa divulgada hoje (10)
O varejo brasileiro terminou o ano de 2020 com uma alta acumulada de 1,2% no volume de vendas em comparação com 2019, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de ser a quarta alta anual consecutiva do setor, a taxa de crescimento foi a menor desde 2016.
O aumento, no entanto, foi abaixo do que era esperado pelo mercado, que estimava uma alta de 5,5% para o final do ano. Em dezembro, houve uma queda de 6,1% na comparação com novembro, caracterizando a maior retração para o último mês do ano em toda a série histórica, iniciada em 2000.
“A pandemia de covid-19 teve um impacto muito grande no setor ao longo do ano. A mudança de cenário econômico e nos hábitos de consumo dos brasileiros acarretou em quedas no volume de vendas do varejo em todo o país”, comenta Thomas Carlsen, co-fundador e COO da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de Departamento Pessoal.
Entre novembro e dezembro, todas as atividades do comércio varejista apresentaram retração, principalmente aquelas relacionadas a outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,8%) e vestuários, tecidos e calçados (-13,3%). O varejo ampliado, que inclui vendas de materiais de construção e veículos, encerrou o ano com recuo de 3,7% no volume e de 2,8% na receita nominal.
Confira a seguir o desempenho de cada um dos segmentos varejistas no mês de dezembro:
- Combustíveis e lubrificantes: -1,5%;
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,3%;
- Tecidos, vestuário e calçados: -13,3%;
- Móveis e eletrodomésticos: -3,7%;
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -1,6%;
- Livros, jornais, revistas e papelaria: -2,7%;
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -6,8%;
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -13,8%;
- Veículos, motos, partes e peças: -2,6% (varejo ampliado);
- Material de construção: -1,8% (varejo ampliado).