Coronavírus vai acelerar a educação financeira no Brasil pela dor

Investidores entendem que a renda fixa é importante na construção de patrimônio e essencial no balanceamento dos investimentos

Se três fenômenos aceleram o processo de mudança da humanidade (guerra, revolução e pandemia), o mundo se prepara para a maior onda de desemprego da história da humanidade, entre outras decorrências da pandemia do coronavírus. No Brasil, o desemprego subiu 12,6% no trimestre encerrado em abril, totalizando 12,8 milhões de pessoas sem trabalho. Com isso, os brasileiros terão, que aprender, na dor, o quanto é necessário guardar um percentual do salário todos os meses. O país, porém, ocupa a posição 74, entre os 144 países no ranking de educação financeira.

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É necessário olhar o espelho e ver que é preciso o brasileiro evoluir na área da gestão financeira. Existem, por exemplo, novos investidores com muito pouco dinheiro comprando códigos de empresas em vez de investir em corporações. Alguns já escolhem as empresas de companhias aéreas, como Gol (GOLL4) ou Azul (AZUL4), pois estas caíram muito. Outros se apaixonaram por empresas como o OI (OIBR4) e IRB (IRBR3).

Para Fabrizio Gueratto, financista do Canal 1Billhão Educação Financeira, os investidores que terão uma aposentadoria tranquila são aqueles que sabem curtir a vida e não se desesperam jamais. Segundo ele, estes entendem que a chamada “perda fixa”, como muitos apelidaram a Renda Fixa antes da crise, é importante na construção de patrimônio e essencial no novo balanceamento dos investimentos, ou seja, aquele momento em que é preciso deslocar o dinheiro de um lugar para o outro, como da renda fixa para a variável ou na direção oposta.

Esse investidor entende que o investimento em ações, que nada mais é que tornar sócio de empresas, precisa visar o longo prazo e que investir todos os meses é muito mais importante do que tentar acertar a grande aposta. Ele também tem bem claro que o hedge, aqueles investimentos que sobem quando outros descem, como ouro e dólar, são importantes e funcionam como uma proteção, como por exemplo um seguro de carro. É bom nunca usar, mas se for preciso ele estará lá para reduzir os danos”, explica o especialista.

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Gueratto também não se deixa abalar por notícias negativas, nem fica eufórico com as otimistas. Afinal, seu portfólio está muito bem diversificado, “pois para investir na Bolsa de Valores tem que estar preparado para grandes emoções”, salienta. O financista explica que esse investidor entende que se ganha dinheiro trabalhando e, principalmente, empreendendo e que os investimentos só potencializam os ganhos daquilo que conquistamos dessas duas formas.

“Por isso, ele gasta muito mais tempo e neurônios pensando em como aumentar suas remunerações mensais com novos negócios do que tentando encontrar a nova Magazine Luiza (MGLU3). As pessoas querem descobrir os segredos da riqueza em vez de buscar conhecimento sobre os investimentos. A diferença é que, agora, o coronavírus escancarou o nível de educação financeira dos brasileiros”, finaliza.

Sobre 1Bilhão Educação Financeira
O Canal 1Bilhão Educação Financeira leva educação financeira em uma linguagem simples, resumida e disruptiva, para que o investidor aprenda a acumular riquezas, preservar o poder de compra e aumentar a sua rentabilidade com investimentos com alta expectativa de retorno. Fundado pelo jornalista, escritor e palestrante Fabrizio Gueratto, eleito em 2018 com um dos mil paulistanos mais influentes e que atua a mais de 12 anos no mercado informações financeiras, o canal tem como o slogan “investimento não é cassino” e foca em desconstruir na cabeça do brasileiro a ideia de que é preciso acertar sempre o investimento da moda. O planejamento patrimonial de qualquer pessoa, independente da sua classe social deve começar ainda na infância e continuar até o final da vida. Além disso, o conteúdo também revela as pegadinhas que existem dentro do mercado financeiro e como desviar delas.

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