Nova regulamentação de FIDCs deve sair ainda este ano, afirma Ricardo Mizukawa, da ANBIMA

A nova regulamentação que trata sobre os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, conhecidos como FIDCs, deve sair ainda este ano de 2022, afirmou Ricardo Augusto Mizukawa, que é membro da Comissão Temática de Direitos Creditórios da ANBIMA. A afirmação foi realizada durante evento realizado em São Paulo pela Central de Registro de Direitos Creditórios (CRDC).

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Desde de dezembro de 2020, data da publicação do edital pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o mercado financeiro aguarda a nova regra sobre os FIDCS. O novo marco regulatório dos Fundos de Investimento promete diversas mudanças estruturais no mercado de capitais. Uma dessas mudanças será a possibilidade de distribuição de cotas de FIDCs ao público em geral. Com essa mudança, qualquer pessoa poderá acessar o mercado de FIDCs, como investidor comum, o chamado investidor de varejo e, não apenas o investidor qualificado, como acontece hoje.

Ricardo Mizukawa afirmou que algumas das grandes vantagens dos investimentos em FIDCS é que a captação junto ao mercado de capitais se dá com empresas abertas, fechadas e limitadas, além disso, dá acesso a recurso de capital por um custo diferenciado em relação ao rating de quem está captando.

Hoje, a indústria dessa modalidade de fundos soma R$ 331 bilhões, divididos em 1678 FIDCs. No total, são cerca de 53 mil investidores, através de fundos. Par efeito de comparação, nos Fundos Imobiliários hoje temos no Brasil cerca de 860 mil investidores.

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Segundo Luis Eduardo da Costa Carvalho, presidente da Anfidc, os FIDCs são instrumentos seguros de investimentos se comparados a outros produtos que temos no mercado de capitais. “Uma modalidade de investimento segura para o investidor de varejo. Inclusive, mais segura que fundos imobiliários, que detém bem mais investidores, por exemplo”, afirma ele.

Já de acordo com Ivan Lopes, CEO da CRDC, o grande desafio no momento para o mercado é conseguir passar a segurança e credibilidade aos gestores e investidores com a abertura do mercado de FIDCs.

Estamos dando passos importantes. Precisamos dar celeridade a tudo isso, afinal, a pandemia mostrou a todos que o mercado de FIDCs é seguro, foi um teste importante e provamos que esse segmento tem potencial e infraestrutura para trazer ao investidor segurança para ele investir nos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios”, diz o executivo.

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